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Capítulo 4 — A cura da alma
Muitos dos que iam ter com Cristo em busca de auxílio, haviam
trazido sobre si a enfermidade; todavia, Ele não Se recusava a curá-
los. E quando a virtude que dEle provinha penetrava nessas pessoas,
elas experimentavam a convicção do pecado, e muitos eram curados
de sua enfermidade espiritual, bem como da doença física.
Entre esses estava o paralítico de Cafarnaum. Como o leproso,
esse paralítico perdera toda esperança de restabelecimento. Sua
doença era o resultado de uma vida pecaminosa, e seus sofrimentos
eram amargurados pelo remorso. Em vão apelara para os fariseus e
os doutores em busca de alívio; pronunciaram incurável o seu mal,
declararam que havia de morrer sob a ira de Deus.
O paralítico imergira no desespero. Ouviu então contar as obras
de Jesus. Outros, tão pecadores e desamparados como ele, haviam
sido curados, e foi animado a crer que também ele o poderia ser,
se fosse levado ao Salvador. Sua esperança quase se desvaneceu
ao lembrar-se da causa de seu mal, todavia não podia rejeitar a
possibilidade da cura.
Seu grande desejo era o alívio do grande fardo do pecado. An-
siava ver a Jesus, e receber a certeza do perdão e a paz com o Céu.
Então estaria contente de viver ou morrer, segundo a vontade de
Deus.
Não havia tempo a perder; sua carne consumida já apresentava
indícios de morte. Suplicou aos amigos que o conduzissem em
seu leito a Jesus, o que empreenderam satisfeitos. Tão compacta
era, porém, a multidão que se aglomerara dentro e em volta da
casa em que estava o Salvador, que era impossível ao doente e
seus amigos chegarem até Ele, ou mesmo pôr-se-Lhe ao alcance
da voz. Jesus estava ensinando na casa de Pedro. Segundo seu
costume, os discípulos sentaram-se ao Seu redor, “e estavam ali
assentados fariseus e doutores da lei que tinham vindo de todas as
aldeias da Galiléia, e da Judéia, e de Jerusalém”.
Lucas 5:17
. Muitos
deles tinham ido como espiões, buscando acusação contra Jesus.
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