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vista, então, os erros que estavam tão prontos a censurar. A experi-
ência ensina-lhes a simpatia. É Deus quem permite que os homens
sejam colocados em posições de responsabilidade. Quando erram,
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tem poder para corrigi-los, ou para retirá-los do cargo que exercem.
Devemos acautelar-nos de não tomar em nossas mãos o direito de
julgar, que pertence a Deus.
A conduta de Davi para com Saul contém uma lição. Por ordem
de Deus, Saul foi ungido como rei de Israel. Devido à sua desobe-
diência, o Senhor declarou que o reino lhe seria tirado, e contudo
quão amável, atenciosa e paciente foi a conduta de Davi para com
ele! Procurando Davi para lhe tirar a vida, Saul dirigiu-se para o
deserto, e sozinho penetrou justamente na caverna em que Davi,
com seus homens de guerra, estava escondido: “Então, os homens
de Davi lhe disseram: Eis aqui o dia do qual o Senhor te diz: Eis
que te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e far-lhe-ás como te parecer
bem a teus olhos. [...] E disse aos seus homens: O Senhor me guarde
de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor”.
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Samuel 24:4, 6
. Ordena-nos o Salvador: “Não julgueis, para que
não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes sereis
julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir
a vós”.
Mateus 7:1, 2
. Lembrai-vos de que cedo o relato da vossa
vida passará em revista diante de Deus. Lembrai-vos de que Ele
disse: “És inescusável quando julgas, ó homem; [...] pois tu, que
julgas, fazes o mesmo”.
Romanos 2:1
.
Paciência quando ofendido
— Não podemos permitir que
nosso espírito se irrite por algum mal real ou suposto que nos tenha
sido feito. O inimigo que mais carecemos temer é o próprio eu. Ne-
nhuma forma de vício tem efeito mais funesto sobre o caráter do que
a paixão humana quando não está sob o domínio do Espírito Santo.
Nenhuma vitória que possamos ganhar será tão preciosa como a
vitória sobre nós mesmos.
Não permitamos que nossa sensibilidade seja facilmente ferida.
Devemos viver, não para vigiar sobre a nossa sensibilidade ou re-
putação, mas para salvar almas. Quando estamos interessados na
salvação das pessoas, deixamos de pensar nas pequenas diferenças
que possam levantar-se entre uns e outros na associação mútua. De
qualquer modo que os outros pensem de nós ou conosco procedam,
nunca será necessário que perturbemos nossa comunhão com Cristo,