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Capítulo 11 — Os desempregados e os destituídos
de lar
Há homens e mulheres de grande coração, os quais meditam
ansiosamente na situação dos pobres, e nos meios pelos quais possam
ser aliviados. Um problema para o qual muitos estão buscando uma
solução é como os desempregados e os que não têm lar podem ser
ajudados em obter as bênçãos comuns da providência de Deus e
viver a vida que Ele intentava que o homem vivesse. Mas não há
muitos, mesmo entre educadores e estadistas, que compreendam as
causas que se acham no fundo do atual estado da sociedade. Os que
seguram as rédeas do governo são incapazes de resolver o problema
da corrupção moral, da pobreza, da miséria e do crime crescente.
Estão lutando em vão para colocar as operações comerciais em base
mais segura.
Se os homens dessem mais atenção aos ensinos da Palavra de
Deus, encontrariam uma solução a esses problemas que os descon-
certam. Muito se poderia aprender do Antigo Testamento quanto à
questão do trabalho e do alívio aos pobres.
Nos bairros pobres
—Há nas grandes cidades multidões que re-
cebem menos cuidado e consideração do que os que são concedidos
a mudos animais. Pensai nas famílias amontoadas como rebanhos
em miseráveis cortiços, sombrios porões muitos deles, exalando
umidade e imundícia. Nesses sórdidos lugares as crianças nascem,
crescem e morrem. Nada vêem das belezas naturais que Deus criou
para deleitar os sentidos e elevar a alma. Rotas e quase morrendo de
fome, vivem elas entre o vício e a depravação, moldadas no caráter
pela miséria e o pecado que as rodeia. As crianças só ouvem o nome
de Deus de maneira profana. A linguagem suja, as imprecações e
os insultos enchem-lhes os ouvidos. As exalações da bebida e do
fumo, nocivos maus cheiros e degradação moral pervertem-lhes os
sentidos. Assim se preparam multidões para se tornarem criminosos,
inimigos da sociedade que os abandonou à miséria e à degradação.
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