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Capítulo 5 — A educação de Israel
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“Trouxe-o ao redor, instruiu-o, guardou-o como a menina do Seu
olho.”
O método de educação estabelecido no Éden centralizava-se na
família. Adão era o “filho de Deus”, e era de seu Pai que os filhos
do Altíssimo recebiam instrução. Tinham, no mais estrito sentido,
uma escola familiar.
No plano divino de educação, adaptado às condições do homem
após a queda, Cristo ocupa o lugar de representante do Pai, como o
elo conectivo entre Deus e o homem; Ele é o grande ensinador da
humanidade. E Ele ordenou que os homens e mulheres fossem Seus
representantes. A família era a escola, e os pais os professores.
A educação centralizada na família era a que prevalecia nos
dias dos patriarcas. Deus provia às escolas assim estabelecidas as
mais favoráveis condições para o desenvolvimento do caráter. O
povo que estava sob Sua direção ainda prosseguia com o plano de
vida que Ele havia designado no princípio. Os que se afastavam de
Deus construíam para si mesmos cidades, e, congregando-se nelas,
gloriavam-se no esplendor, no luxo e no vício, que fazem das cidades
de hoje o orgulho e a maldição do mundo. Mas os homens que se
ativeram aos divinos princípios de vida, moravam entre os campos e
colinas. Eram cultivadores do solo e guardas de rebanhos; e nessa
vida livre, independente, com suas oportunidades para o trabalho,
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estudo e meditação, aprendiam acerca de Deus e ensinavam os filhos
a respeito de Suas obras e caminhos.
Tal foi o método de educação que Deus desejava estabelecer em
Israel. Mas, quando os tirou do Egito, poucos havia entre os israe-
litas, preparados para serem coobreiros dEle, no ensino dos filhos.
Os próprios pais necessitavam de instrução e disciplina. Vítimas de
prolongada escravidão, eram ignorantes, indisciplinados e degrada-
dos. Pouco conhecimento tinham de Deus e pouca fé nEle. Estavam
confundidos com falsos ensinos e corrompidos pelo seu demorado
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