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Capítulo 10 — Deus na natureza
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“A Sua glória cobriu os céus, e a terra encheu-se do Seu louvor.”
Em todas as coisas criadas vêem-se os sinais da Divindade. A
Natureza testifica de Deus. A mente sensível, levada em contato com
o milagre e mistério do Universo, não poderá deixar de reconhecer a
operação do poder infinito. Não é pela sua própria energia inerente
que a Terra produz suas dádivas, e ano após ano continua seu mo-
vimento em redor do Sol. Uma mão invisível guia os planetas em
seu giro pelos céus. Uma vida misteriosa invade toda a Natureza
— vida que sustenta os inumeráveis mundos através da imensidade
toda. Encontra-se ela no ser microscópico que flutua na brisa do
verão; é ela que dirige o vôo das andorinhas, e alimenta as pipilantes
avezinhas de rapina; é ela que faz com que os botões floresçam, e as
flores frutifiquem.
O mesmo poder que mantém a Natureza, opera também no ho-
mem. As mesmas grandes leis que guiam tanto a estrela como o
átomo, dirigem a vida humana. As leis que presidem à ação do
coração, regulando o fluxo da corrente da vida no corpo, são as
leis da Inteligência todo-poderosa, as quais presidem às funções da
alma. DEle procede toda a vida. Unicamente em harmonia com Ele
poderá ser achada a verdadeira esfera daquelas funções. Para todas
as coisas de Sua criação, a condição é a mesma: uma vida que se
mantém pela recepção da vida de Deus, uma vida exercida de acordo
com a vontade do Criador. Transgredir Sua lei, física, mental ou
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moral, corresponde a colocar-se o transgressor fora da harmonia do
Universo, ou introduzir discórdia, anarquia e ruína.
Para aquele que assim aprende a interpretar seus ensinos, toda
a Natureza se ilumina; o mundo é um compêndio, e a vida uma
escola. A unidade do homem com a Natureza e com Deus, o domínio
universal da lei, os resultados da transgressão, não podem deixar de
impressionar o espírito e moldar o caráter.
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