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Capítulo 11 — Lições de vida
“Fala com a terra, e ela to ensinará.”
O grande Ensinador levou Seus ouvintes em contato com a
Natureza, para que pudessem ouvir a voz que fala em todas as
coisas criadas; e, abrandando-se-lhes o coração e tornando-se-lhes
impressionável a mente, auxiliava-os a interpretar o ensino espiritual
das cenas sobre as quais repousavam seus olhos. As parábolas, por
meio das quais gostava de ensinar lições de verdade, mostram quão
aberto era o Seu espírito às influências da Natureza, e como Ele Se
deleitava em coligir do ambiente da vida diária ensinos espirituais.
Os pássaros no ar, os lírios do campo, o semeador e a semente, o
pastor e as ovelhas — eis com que Cristo ilustrou verdades imortais.
Ele tirou também ilustrações dos acontecimentos da vida, e fatos
da experiência particular aos ouvintes: o fermento, o tesouro escon-
dido, a pérola, a rede de pescar, a moeda perdida, o filho pródigo,
a casa sobre a rocha e sobre a areia. Em Seus ensinos havia algo
para interessar a todo espírito, para apelar a todo coração. Assim,
a lida diária, em vez de ser mera rotina de labutas, despojada de
pensamentos elevados, iluminava-se e erguia-se pelas constantes
lembranças de coisas espirituais e invisíveis.
Dessa maneira devemos ensinar. Que aprendam as crianças a
ver em a Natureza uma expressão do amor e da sabedoria de Deus;
que o pensamento a respeito dEle se entrelace com pássaros, flores e
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árvores; que todas as coisas visíveis se tornem para elas os intérpretes
do invisível, e todos os acontecimentos da vida sejam os meios para
o ensino divino.
Aprendendo elas assim as lições que há em todas as coisas
criadas, e em todas as experiências da vida, mostrai que as mesmas
leis que dirigem as coisas na Natureza e os fatos da vida são as que
nos governam; que foram dadas para o nosso bem, e que unicamente
na obediência às mesmas podemos encontrar a verdadeira felicidade
e êxito.
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