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Educação
de quase inumeráveis obreiros mais humildes, obreiros de quem o
mundo nada conhece. Trabalhos que não recebem louvores ou reco-
nhecimento de outrem, são a sorte que toca à maior parte dos que
mourejam no mundo. E muitos se enchem de descontentamento com
tal sorte. Têm a impressão de que sua vida não é aproveitada. Mas o
regatozinho que segue silenciosamente através de bosques e prados,
levando saúde, fertilidade e beleza, é tão útil em sua marcha como
o grande rio. Contribuindo para a vida do rio, auxilia-o a conseguir
aquilo que, só, jamais poderia ter conseguido.
Desta lição muitos necessitam. O talento é por demais idola-
trado, e cobiçadas excessivamente as posições. Muitos há que nada
fazem a menos que sejam reconhecidos como dirigentes; muitos
são os que, não recebendo louvores, não têm interesse no trabalho.
O que precisamos aprender é fidelidade em fazer o maior uso das
faculdades e oportunidades que temos, e ter contentamento na parte
que o Céu nos designou.
Lições de confiança
“Pergunta agora às alimárias, e cada uma delas to ensinará; e
às aves do céu, e elas to farão saber; ... até os peixes do mar to
contarão.” “Vai ter com a formiga, ... olha para os seus caminhos.”
“Olhai para as aves.” “Considerai os corvos.”
Jó 12:7, 8
;
Provérbios
6:6
;
Mateus 6:26
;
Lucas 12:24
.
Não devemos meramente falar às crianças a respeito dessas cria-
turas de Deus. Os próprios animais devem ser seus professores. As
formigas nos ensinam lições de paciente operosidade, perseverança
em superar obstáculos, providência para o futuro. E os pássaros são
ensinadores da suave lição da confiança. Nosso Pai celestial lhes
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provê alimento; mas devem eles recolhê-lo, construir o ninho e criar
a prole. A cada instante se acham expostos a inimigos que procuram
destruí-los. Entretanto, quão animosamente prosseguem com seu
trabalho! quão repletos de alegria são os seus pequenos hinos!
Quão bela é a descrição que o salmista faz do cuidado de Deus
pelas criaturas dos bosques: