Página 527 - Evangelismo (2007)

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O obreiro e suas habilitações
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para o serviço do Mestre decididos esforços para aprender a falar
corretamente, com vigor, de modo que, quando em conversa com
outros acerca da verdade, ou quando empenhados em ministério
público, possam apresentar pela maneira devida as verdades de
origem celeste. —
Manuscrito 131, 1902
.
A voz do orador afeta a decisão
— Alguns destroem a impres-
são solene que possam haver causado no povo por elevarem a voz
demasiado alto, proclamando a verdade com brados e gritos. Quando
assim apresentada, a verdade perde muito de sua doçura, sua força e
solenidade. Se, porém, a voz tem a devida entonação, se é possuída
de solenidade e modulada de maneira a ser comovente, produzirá
muito melhor impressão. Tal era o tom em que Cristo ensinava os
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discípulos. Impressionava-os com solenidade; falava de maneira a
comover a alma. Esse gritar, porém, que faz? Isto não dá ao povo
nenhuma idéia mais exaltada da verdade, nem os impressiona mais
profundamente. Causa apenas uma sensação de desagrado nos ou-
vintes, e fatiga os órgãos vocais do orador. Os tons da voz têm muita
influência em afetar o coração dos que ouvem. —
Testimonies for
the Church 2:615 (1871)
.
O devido emprego dos órgãos vocais
— Importa dar aos ór-
gãos vocais cuidadosa atenção e cultivo. Eles são fortalecidos pelo
devido emprego, mas se enfraquecem quando usados impropria-
mente. Seu uso excessivo, como em pregar longos sermões, caso
isto se repita muitas vezes, há de não somente prejudicar os órgãos
vocais, mas ocasionar indevida tensão em todo o sistema nervoso.
A delicada harpa de mil cordas vem a gastar-se, desconserta-se, e
produz desarmonia em lugar de sons melodiosos.
É de importância para todo orador cultivar os órgãos vocais de tal
sorte que os mantenha em condições saudáveis, para que possa falar
ao povo as palavras de vida. Cada um deve buscar entendimento
quanto à maneira mais eficaz de usar essa faculdade a ele dada por
Deus, e praticar aquilo que aprende. Não é necessário falar em alta
voz ou em elevado diapasão; isto é grandemente nocivo ao orador.
Os discursos proferidos com rapidez perdem muito de seu efeito;
pois as palavras não podem ser pronunciadas com tanta clareza e
distintamente como se fossem ditas mais pausadamente, dando aos
ouvintes tempo para compreender o sentido de cada palavra.