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História da Redenção
“Está consumado.” “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito!”
Lucas 23:46
. Uma luz envolveu a cruz, e a face do Salvador brilhou
com uma glória semelhante à do Sol. Pendendo então a cabeça sobre
o peito, expirou.
No momento em que Cristo morreu, havia sacerdotes minis-
trando no templo diante do véu que separava o lugar santo do san-
tíssimo. Subitamente eles sentiram a terra tremer sob si, e o véu do
templo, uma forte e rica tapeçaria renovada anualmente, foi rasgado
em dois de cima abaixo pela mesma mão lívida que escreveu as
palavras de condenação nas paredes do palácio de Belsazar.
Jesus não entregou Sua vida até que tivesse cumprido a obra
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que viera fazer; e exclamou em Seu derradeiro alento: “Está consu-
mado!” Os anjos se alegraram quando estas palavras foram profe-
ridas, pois o grande plano da redenção estava sendo triunfalmente
executado. Houve alegria no Céu de que os filhos de Adão pudessem
agora, mediante uma vida de obediência, ser elevados finalmente à
presença de Deus. Satanás foi derrotado, e sabia que seu reino estava
perdido.
O sepultamento
João estava ansioso para saber que medidas tomar em relação ao
corpo de seu amado Mestre. Estremeceu ao pensar que seria manuse-
ado por grosseiros e insensíveis soldados, e colocado numa sepultura
desonrosa. Sabia que não podia obter nenhum favor das autorida-
des judaicas, e esperava pouco de Pilatos. Mas José e Nicodemos
tomaram a dianteira nessa emergência. Ambos eram membros do Si-
nédrio e tinham relações com Pilatos. Ambos eram ricos e influentes,
e decidiram que o corpo de Jesus teria sepultamento condigno.
José foi ousadamente a Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.
Pilatos então deu uma ordem oficial para que o corpo de Jesus fosse
entregue a José. Enquanto o discípulo João estava aflito quanto aos
sagrados despojos de seu amado Mestre, José de Arimatéia voltou
com a ordem do governador; e Nicodemos, antecipando o resultado
da entrevista de José com Pilatos, chegou com uma custosa mistura
de mirra e aloés, de cerca de cem libras de peso. Ao mais honrado
em Jerusalém, não se poderia haver demonstrado mais respeito na
morte.