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História da Redenção
prostraram-se em terra, em adoração, e saudaram-nO com cânticos
de vitória e triunfo.
Anjos de Satanás haviam sido obrigados a fugir de diante da
luz brilhante e penetrante dos anjos celestiais, e amargamente se
queixaram a seu rei de que a presa lhes houvesse sido violentamente
tomada, e que Aquele a quem tanto odiavam havia ressuscitado dos
mortos. Satanás e sua hostes tinham exultado de que seu poder sobre
o homem decaído houvesse feito com que o Senhor da vida fosse
posto no túmulo; mas curto foi o seu triunfo infernal. Pois, ao sair
Jesus de Sua prisão, como um vencedor majestoso, Satanás soube
que depois de algum tempo ele deveria morrer, e seu reino passaria
Àquele a quem pertencia de direito. Lamentou e encolerizou-se de
que, não obstante todos os seus esforços, Jesus não fora vencido,
mas abrira um caminho de salvação para o homem, e quem quer que
quisesse nele andaria e se salvaria.
Os anjos maus e seu comandante reuniram-se em conselho para
considerarem como poderiam ainda trabalhar contra o governo de
Deus. Satanás mandou seus servos irem aos principais dos sacerdo-
tes e anciãos. Disse ele: “Nós conseguimos enganá-los, cegando-lhes
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os olhos, e endurecendo-lhes o coração contra Jesus. Fizemo-los
crer que Ele era um impostor. Aquela guarda romana levará a odi-
osa notícia de que Cristo ressuscitou. Nós levamos os sacerdotes e
anciãos a odiar a Jesus e a matá-lo. Agora mostrai-lhes que, se se
tornar conhecido que Cristo ressuscitou, eles serão apedrejados pelo
povo por matarem um homem inocente.”
O relatório da guarda romana
Como o exército de anjos celestiais se afastasse do sepulcro e se
desvanecesse a luz e glória, a guarda romana arriscou-se a levantar a
cabeça e olhar em redor de si. Encheram-se de espanto ao verem que
a grande pedra tinha sido rolada da entrada do sepulcro e o corpo de
Jesus desaparecera. Foram apressadamente à cidade para fazerem
saber aos sacerdotes e anciãos o que tinham visto. Ouvindo aqueles
assassinos a maravilhosa notícia, sobreveio a palidez a todos os ros-
tos. Foram tomados de horror ao pensamento do que haviam feito.
Se a notícia era exata, eles estavam perdidos. Por algum tempo fica-
ram sentados em silêncio, olhando uns para os outros, não sabendo o