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História da Redenção
O segundo julgamento
“Nisto, indo o capitão e os guardas, os trouxeram sem violên-
cia, porque temiam ser apedrejados pelo povo. Trouxeram-nos,
apresentando-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os,
dizendo: Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse
nome, contudo enchestes Jerusalém de vossa doutrina; e quereis
lançar sobre nós o sangue deste homem.” Eles não estavam tão
dispostos a levar a culpa pela morte de Jesus, como quando se asso-
ciaram ao clamor da vil turba: “Seu sangue caia sobre nós e nossos
filhos.”
Pedro, com os demais apóstolos, tomou a mesma linha de defesa
que tinha seguido em seu primeiro julgamento: “Então Pedro e os
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demais apóstolos afirmaram: Antes importa obedecer a Deus do
que aos homens.” Foi o anjo enviado por Deus que os libertou da
prisão ordenando-lhes a ensinar no templo. Seguindo suas instru-
ções eles estavam obedecendo ao divino comando, o que deveriam
seguir fazendo com qualquer risco para si mesmos. Pedro continuou:
“O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matas-
tes, pendurando-O num madeiro. Deus, porém, com Sua destra, O
exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependi-
mento e a remissão de pecados. Ora, nós somos testemunhas destes
fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que Lhe
obedecem.”
O Espírito da inspiração estava sobre os apóstolos, e os acusados
se tornaram acusadores, lançando o assassínio de Cristo sobre os
sacerdotes e príncipes que formavam o conselho. Os judeus ficaram
tão irados que decidiram, sem qualquer outro julgamento e sem a
autoridade dos oficiais romanos, tomar a lei em suas próprias mãos
e matar os prisioneiros. Já culpados do sangue de Cristo, estavam
agora ávidos de manchar as mãos com o sangue de Seus apóstolos.
Mas estava ali um homem de saber e alta posição, cujo claro intelecto
viu que este violento passo traria terríveis conseqüências. Deus
suscitou um homem de seu próprio conselho para deter a violência
dos sacerdotes e príncipes.
Gamaliel, o sábio fariseu e doutor, um homem de grande repu-
tação, era uma pessoas de extrema precaução, que antes de falar
em favor dos prisioneiros, pediu que eles fossem removidos. Então