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Capítulo 35 — A organização do evangelho
Este capítulo é baseado em
Atos dos Apóstolos 6:1-7
.
“Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos,
houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as
viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.” Estes
gregos eram residentes de outros países onde se falava a língua
grega. Muito maior era o número de conversos judeus que falavam
o hebraico; porém, aqueles tinham vivido no Império Romano, e
falavam somente o grego. A murmuração começou a surgir entre eles
de que as viúvas gregas não eram tão liberalmente supridas como os
necessitados dentre os hebreus. Qualquer parcialidade desta espécie
teria sido um agravo a Deus; e prontas medidas foram tomadas para
restaurar a paz e a harmonia entre os crentes.
O Espírito Santo sugeriu um método pelo qual os apóstolos po-
deriam ficar isentos da tarefa de repartir com os pobres, ou tarefas
similares, pois deviam ser deixados livres para pregar a Cristo. “En-
tão os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram:
Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir
às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa repu-
tação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos
deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao
ministério da palavra.”
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A igreja de comum acordo escolheu sete homens cheios de fé
e da sabedoria do Espírito de Deus, para atender os negócios perti-
nentes à causa. Estêvão foi o primeiro escolhido; ele era judeu por
nascimento e religião, mas falava a língua grega, e era versado nos
costumes e maneiras dos gregos. Foi portanto considerado a pessoa
mais apropriada para estar à testa e ter a supervisão da distribuição
dos fundos destinados às viúvas, órfãos e aos reconhecidamente po-
bres. Esta escolha satisfez a todos, de modo que o descontentamento
e a murmuração foram aquietados.
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