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Capítulo 36 — A morte de Estêvão
Este capítulo é baseado em
Atos dos Apóstolos 6:8-7:60
.
Estêvão era muito ativo na causa de Deus e declarava sua fé
corajosamente. “Levantaram-se, porém, alguns dos que eram da
sinagoga, chamada dos Libertos, dos Cireneus, dos Alexandrinos,
e dos da Cilícia e Ásia, e discutiam com Estêvão; e não podiam
sobrepor-se à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.” Estes
estudiosos dos grandes rabis estavam confiantes que numa discussão
pública poderiam obter uma completa vitória sobre Estêvão, por
causa de sua suposta ignorância. Ele porém, não somente falava com
o poder do Espírito Santo, mas ficava claro a toda a vasta assembléia
que era também um estudioso das profecias e versado em todos os
assuntos da lei. Defendia habilmente as verdades que advogava, e
confundia inteiramente seus oponentes.
Os sacerdotes e príncipes que testemunharam a maravilhosa
demonstração de poder que acompanhava a ministração de Estê-
vão encheram-se de ódio atroz. Em vez de se renderem ao peso
das evidências que apresentava, determinaram silenciar sua voz,
matando-o.
Portanto pegaram Estêvão e levaram-no perante o concílio do
Sinédrio para ser julgado.
Judeus eruditos das regiões circunvizinhas foram convocados
para o propósito de refutar os argumentos do acusado. Saulo, que se
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havia distinguido como um zeloso oponente da doutrina de Cristo,
e um perseguidor de todos os que nEle criam, também estava pre-
sente. Este homem letrado tomou parte importante contra Estêvão.
Trouxe o peso da eloqüência e a lógica dos rabis a atuarem no
caso, e convenceu o povo de que Estêvão estava pregando doutrinas
enganadoras e perigosas.
Mas Saulo encontrou em Estêvão alguém tão altamente educado
como ele mesmo, e alguém que tinha plena compreensão do propó-
sito de Deus em propagar o evangelho às outras nações. Ele cria no
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