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História da Redenção
Na presença dos habitantes da Terra e do Céu, reunidos, é efe-
tuada a coroação final do Filho de Deus. E agora, investido de
majestade e poder supremos, o Rei dos reis pronuncia a sentença
sobre os rebeldes contra Seu governo, e executa justiça sobre aqueles
que transgrediram Sua lei e oprimiram Seu povo. Diz o profeta de
Deus: “Vi um grande trono branco e Aquele que nele Se assenta,
de cuja presença fugiram a Terra e o céu, e não se achou lugar para
eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé
diante do trono. Então se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da
vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras,
conforme o que se achava escrito nos livros.”
Apocalipse 20:11, 12
.
Logo que se abrem os livros de registro e o olhar de Jesus incide
sobre os ímpios, eles se tornam cônscios de todo pecado cometido.
Vêem exatamente onde seus pés se desviaram do caminho da pureza
e santidade, precisamente até onde o orgulho e rebelião os levaram
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na violação da lei de Deus. As sedutoras tentações que acoroçoaram
na condescendência com o pecado, as bênçãos pervertidas, as ondas
de misericórdia rebatidas pelo coração obstinado, impenitente —
tudo aparece como que escrito com letras de fogo.
Panorama do grande conflito
Por sobre o trono se revela a cruz; e semelhante a uma vista
panorâmica aparecem as cenas da tentação e queda de Adão, e os
passos sucessivos no grande plano da redenção. O humilde nasci-
mento do Salvador; Sua infância de simplicidade e obediência; Seu
batismo no Jordão; o jejum e tentação no deserto; Seu ministério
público, desvendando aos homens as mais preciosas bênçãos do
Céu; os dias repletos de atos de amor e misericórdia, Suas noites
de oração e vigília na solidão das montanhas; as tramas e invejas,
ódio e maldade, com que eram retribuídos os Seus benefícios; a
agonia terrível e misteriosa no Getsêmani, sob o peso esmagador dos
pecados do mundo inteiro; Sua traição nas mãos da turba assassina;
os tremendos acontecimentos daquela noite de horror — o Prisio-
neiro que não opunha resistência, abandonado por Seus discípulos
mais amados, rudemente tangido pelas ruas de Jerusalém; o Filho
de Deus exultantemente exibido perante Anás, citado ao palácio do
sumo sacerdote, ao tribunal de Pilatos, perante o covarde e cruel