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História da Redenção
têm uma conta a prestar a Deus, da qual muito desejariam livrar-se.
Demasiado tarde chegam a ver que o Onisciente é zeloso de Sua lei,
e que de nenhuma maneira terá por inocente o culpado. Aprendem
agora que Cristo identifica Seu interesse com o de Seu povo sofre-
dor; e sentem a força de Suas palavras: “Em verdade vos afirmo que
sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim
o fizestes.”
Mateus 25:40
.
À barra do tribunal
O mundo ímpio todo acha-se em julgamento perante o tribunal
de Deus, acusado de alta traição contra o governo do Céu. Ninguém
há para pleitear sua causa; estão sem desculpa; e a sentença de morte
eterna é pronunciada contra eles.
É agora evidente a todos que o salário do pecado não é nobre
independência e vida eterna, mas escravidão, ruína e morte. Os
ímpios vêem o que perderam em virtude de sua vida de rebeldia.
O peso eterno de glória mui excelente foi desprezado quando lhes
foi oferecido; mas quão desejável agora se mostra! “Tudo isto”,
exclama a alma perdida, “eu poderia ter tido; mas preferi conservar
essas coisas longe de mim. Oh, estranha presunção! Troquei a paz, a
felicidade e a honra pela miséria, infâmia e desespero”. Todos vêem
que sua exclusão do Céu é justa. Por sua vida declararam: “Não
queremos que este Jesus reine sobre nós.”
Como que extasiados, os ímpios contemplaram a coroação do Fi-
lho de Deus. Vêem em Suas mãos as tábuas da lei divina, os estatutos
que desprezaram e transgrediram. Testemunham o irromper de admi-
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ração, transportes e adoração por parte dos salvos, e, ao propagar-se
a onda de melodia sobre as multidões fora da cidade, todos, a uma,
exclamam: “Grandes e admiráveis são as Tuas obras, Senhor Deus,
todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei
das nações!” (
Apocalipse 15:3
), e, prostrando-se, adoram o Príncipe
da vida.
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