Página 46 - Hist

Basic HTML Version

42
História da Redenção
A oferta sacrifical
Quando Adão, de acordo com as especiais determinações de
Deus, fez uma oferta pelo pecado, isto foi para ele a mais penosa
cerimônia. Sua mão devia levantar-se para tirar a vida, que somente
Deus podia dar, e fazer uma oferta pelo pecado. Pela primeira vez
teria de testemunhar a morte. Ao olhar para a vítima ensangüentada,
contorcendo-se nas agonias da morte, ele devia contemplar pela fé o
Filho de Deus, a quem a vítima prefigurava, e que devia morrer em
sacrifício pelo homem.
Esta oferta cerimonial, ordenada por Deus, devia ser para Adão,
uma perpétua recordação de sua culpa, e também um penitente
reconhecimento de seu pecado. Este ato de tomar a vida deu a
Adão um profundo e mais perfeito senso de sua transgressão, que
nada menos que a morte do amado Filho de Deus podia expiar.
Maravilhou-se ante a infinita bondade e incomparável amor que
podia dar tal resgate para salvar o culpado. Ao matar Adão a inocente
vítima, pareceu-lhe estar derramando o sangue do Filho de Deus por
sua própria mão. Sabia que se tivesse permanecido firme em Deus
e leal à Sua santa lei, não teria existido a morte de animais nem
de homens. Todavia, nas ofertas sacrificais, que apontavam para a
grande e perfeita oferta do amado Filho de Deus, aparecia a estrela
da esperança para iluminar o escuro e terrível futuro e aliviá-los
desta completa desesperança e ruína.
No começo, o chefe de cada família era considerado governador
e sacerdote de sua própria casa. Depois, ao multiplicar-se a raça
sobre a Terra, homens divinamente apontados realizaram este solene
culto de sacrifício pelo povo. O sangue dos animais devia ser asso-
[51]
ciado na mente dos pecadores com o sangue do Filho de Deus. A
morte da vítima devia evidenciar a todos que o castigo do pecado
era a morte. Pelo ato do sacrifício o pecador reconhecia sua culpa e
manifestava sua fé, olhando para o grande e perfeito sacrifício do
Filho de Deus, que as ofertas de animais prefiguravam. Sem a expia-
ção do Filho de Deus não poderia haver comunicação de bênçãos ou
salvação de Deus ao homem. Deus tinha zelo pela honra de Sua lei.
A transgressão desta lei causou uma terrível separação entre Deus
e o homem. A Adão em sua inocência fora assegurada comunhão,