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História da Redenção
Disse então o servo de Abraão: “Agora, pois, se haveis de usar
de benevolência e de verdade para com meu senhor, fazei-mo saber;
se não, declarai-mo, para que eu vá, ou para a direita, ou para a
esquerda.” O pai e o irmão responderam: “Isto procede do Senhor,
nada temos a dizer fora da sua verdade. Eis Rebeca na tua presença;
toma-a, e vai-te: seja ela a mulher do filho do teu senhor, segundo a
palavra do Senhor. Tendo ouvido o servo de Abraão tais palavras,
prostrou-se em terra diante do Senhor.”
Depois de tudo arranjado, obtido o consentimento do pai e do
irmão, Rebeca foi consultada, se desejava seguir com o servo de
Abraão para uma grande distância da casa de seu pai, para tornar-se
a esposa de Isaque. Ela creu, pelas circunstâncias, que a mão de
Deus a escolhera para ser a esposa de Isaque, e “ela respondeu: Irei”.
Os contratos de casamento eram geralmente feitos pelos pais;
contudo nenhuma compulsão era usada para forçá-los a casar com
quem não amavam. Mas, os filhos tinham confiança no julgamento
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dos pais, e seguiam-lhes o conselho e concediam suas afeições
àqueles que seus tementes e experientes pais escolhiam para eles.
Era considerado crime seguir caminho contrário.
Exemplo de amor filial
Isaque tinha sido educado no temor de Deus para uma vida de
obediência. E quando estava com quarenta anos de idade submeteu-
se à escolha que o temente e experiente servo de seu pai fizera para
ele. Acreditava que Deus dirigiria no que tocava a sua obtenção de
esposa.
O caso de Isaque está registrado como um exemplo para imita-
ção aos filhos das gerações posteriores, especialmente aqueles que
professam temer a Deus.
O caminho que Abraão seguiu na educação de Isaque, e que
o levou a amar uma vida de nobre obediência, foi relatado para
benefício dos pais, e deve levá-los a ordenar sua casa após eles.
Devem instruir os filhos a se renderem a sua autoridade e respeitá-la.
Devem sentir a responsabilidade que sobre eles repousa de guiar
as afeições dos filhos, de modo que essas afeições sejam postas
sobre pessoas, a quem o seu discernimento lhes indique tratar-se de
companheiros dignos para seus filhos e filhas.
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