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Obreiros Evangélicos
eles deixaram imediatamente o bote e as redes. Alguns desses dis-
cípulos tinham amigos que dependiam deles quanto à subsistência;
mas, ao receberem o convite do Salvador, não hesitaram, pergun-
tando: De que vou viver e sustentar minha família? Atenderam ao
chamado; e quando, posteriormente, Jesus lhes perguntou: “Quando
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vos mandei sem bolsa, alforje, ou alparcas, faltou-vos porventura
alguma coisa?” puderam responder: “Nada.”
Lucas 22:35
.
Hoje em dia o Salvador nos chama para Sua obra, como o fez
a Mateus, João e Pedro. Se nosso coração é tocado por Seu amor,
a questão da recompensa não nos ocupará no espírito o primeiro
lugar. Regozijar-nos-emos em ser cooperadores de Cristo, e não
temeremos confiar em Seu cuidado. Se fazemos de Deus a nossa
força, teremos clara compreensão do dever, aspirações altruístas;
nossa vida será influenciada por um nobre desígnio, que nos colocará
acima de motivos sórdidos.
Muitos de quem o Senhor Se poderia servir, não darão ouvidos
nem obedecerão à Sua voz acima de todas as outras. Parentes e ami-
gos, velhos hábitos e ligações têm sobre eles tão poderosa influência,
que Deus não lhes pode comunicar senão poucas instruções, poucos
conhecimentos de Seus desígnios. O Senhor faria por Seus servos
muito mais, se eles Lhe fossem inteiramente consagrados, colocando
Seu serviço acima dos laços de parentesco, e todas as outras relações
terrenas.
A necessidade de mais profunda consagração
O tempo requer maior eficiência e mais profunda consagração.
Eu clamo a Deus: Desperta e envia mensageiros cheios do senti-
mento de sua responsabilidade, homens em cujo coração a idolatria
do próprio eu, que jaz no fundo de todo pecado, tenha sido crucifi-
cada; que estejam dispostos a consagrar-se sem reservas ao serviço
de Deus; cuja alma se ache desperta quanto à santidade da obra e
à responsabilidade de sua vocação; que estejam resolvidos a não
trazer a Deus um sacrifício imperfeito, que não lhes custe esforço
nem oração.
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O Duque de Wellington achava-se presente uma vez a uma reu-
nião em que um grupo de cristãos discutiam a possibilidade de êxito
do esforço missionário entre os pagãos. Apelaram para o duque,