Página 115 - Obreiros Evang

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A graça da cortesia
Os que trabalham para Cristo devem ser retos e fidedignos, firmes
como uma rocha aos princípios, e ao mesmo tempo, bondosos e
corteses. A cortesia é uma das graças do Espírito. Lidar com o
espírito humano é a maior obra já confiada ao homem; e quem deseja
encontrar acesso aos corações precisa ouvir a recomendação: “Sede...
misericordiosos e afáveis.”
1 Pedro 3:8
. O amor fará aquilo que o
argumento deixar de realizar. Mas a petulância de um momento,
uma só resposta áspera, uma falta de polidez cristã em qualquer
pequenina questão, pode dar em resultado a perda de amigos, bem
como de influência.
O que Cristo era na Terra, o obreiro cristão se deve esforçar por
ser. Ele é nosso exemplo, não somente em Sua imaculada pureza,
como na paciência, amenidade e disposição cativante. Sua vida é
uma ilustração da verdadeira cortesia. Tinha sempre um olhar bon-
doso e uma palavra de conforto para o necessitado e o oprimido.
Sua presença levava aos lares uma atmosfera mais pura. Sua vida
era qual fermento operando entre os elementos da sociedade. Puro
e incontaminado, andava entre os inconsiderados, os rudes, os des-
corteses; entre injustos publicanos, ímpios samaritanos, soldados
pagãos, rústicos camponeses e a multidão mista. Proferia aqui e ali
uma palavra de simpatia. Ao ver homens fatigados e compelidos a
carregar pesados fardos, compartilhava dos mesmos, e repetia-lhes
a lição que aprendera da Natureza, do amor e da bondade de Deus.
Procurava inspirar a esperança aos mais rudes e menos promete-
dores, dando-lhes a certeza de que podiam atingir caráter que lhes
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manifestaria a filiação divina.
A religião de Cristo abranda quanto há de duro e rude num
temperamento, e suaviza tudo que é áspero e escabroso nas manei-
ras. Torna as palavras brandas, e atraente a conduta. Aprendamos
de Cristo a maneira de harmonizar o alto sentimento de pureza e
integridade com a disposição feliz. O cristão bondoso, cortês, é
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