Página 165 - Obreiros Evang

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A oração pública
A oração feita em público deve ser breve, e ir diretamente ao
ponto. Deus não requer que tornemos fastidioso o período do culto,
mediante longas petições. Cristo não impõe a Seus discípulos fa-
tigantes cerimônias e longas orações. “Quando orares”, disse Ele,
“não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas
sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens.”
Mateus 6:5
.
Os fariseus tinham horas estabelecidas para oração; e quando,
como acontecia muitas vezes, eles se achavam fora na hora mar-
cada, paravam, onde quer que estivessem — talvez na rua ou na
praça, entre a turba movimentada dos homens — e aí, em alta voz,
recitavam suas orações formais. Tal culto, prestado apenas para glo-
rificação própria, provocou franca censura de Jesus. Todavia Ele
não desacoroçoava a oração pública; pois Ele próprio orava com os
discípulos e com a multidão. Mas queria incutir em Seus discípulos
o pensamento de que suas orações públicas deviam ser breves.
Alguns minutos são o bastante para qualquer oração pública, em
geral. Pode haver casos em que as súplicas sejam de modo especial
ditadas pelo Espírito de Deus. A alma suplicante fica angustiada, e
geme em busca de Deus. O espírito luta, como fez Jacó, e não ficará
sossegado sem a manifestação especial do poder de Deus. Em tais
ocasiões pode ser justo que a petição se prolongue mais.
Há muitas orações enfadonhas, que parecem mais uma preleção
feita ao Senhor, do que o apresentar-Lhe um pedido. Seria melhor
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se os que assim procedem se limitassem à prece ensinada por Cristo
a Seus discípulos. Orações longas são fatigantes para os que as
escutam, e não preparam o povo para escutar as instruções que se
devem seguir.
É muitas vezes devido à negligência da oração particular, que
em público elas são longas e fastidiosas. Não ponham os ministros
em suas petições uma semana de negligenciados deveres, espe-
rando expiar essa falta e tranqüilizar a consciência. Tais orações
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