Página 193 - Obreiros Evang

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O ministro no lar
É o desígnio de Deus que, em sua vida doméstica, o mestre da
Bíblia seja um exemplo das verdades que ensina. O que um homem
é, exerce maior influência do que o que diz. A piedade na vida diária
dará força ao testemunho público. A paciência, a coerência e o amor
impressionarão os corações que os sermões não conseguem alcançar.
Os deveres do pastor jazem em torno dele, próximos e distantes;
mas seu primeiro dever é para seus filhos. Ele não se deve absorver
tanto com os deveres exteriores que negligencie as instruções que
necessitam seus filhos. Talvez considere os deveres do lar como de
menor importância; em realidade, porém, esses deveres se encontram
na própria base do bem-estar dos indivíduos e da sociedade. A
felicidade de homens e mulheres, e o êxito da igreja, dependem, em
grande parte, da influência doméstica. Interesses eternos se acham
envolvidos no devido desempenho dos deveres diários da vida. O
mundo não precisa tanto de grandes espíritos, como de homens bons,
que sejam uma bênção na própria família.
Coisa alguma pode desculpar o pastor de negligenciar o círculo
interior, pelo mais amplo círculo externo. O bem-estar espiritual de
sua família, vem em primeiro lugar. No dia do final ajuste de contas,
Deus há de perguntar que fez ele para atrair para Cristo aqueles que
tomou a responsabilidade de trazer ao mundo. O grande bem, feito
a outros, não pode cancelar o débito que ele tem para com Deus,
quanto a cuidar dos próprios filhos.
Deve haver na família do pastor uma unidade que pregue um ser-
mão eficaz sobre a piedade prática. Ao passo que o pastor e a esposa
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cumpram fielmente seu dever no lar, restringindo, corrigindo, admo-
estando, aconselhando, guiando, estão-se tornando mais habilitados
para trabalhar na igreja, e multiplicando meios de cumprir a obra
de Deus fora do lar. Os membros da família tornam-se membros da
família do Céu, e são uma força para o bem, exercendo influência
de vasto alcance.
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