Página 208 - Obreiros Evang

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Ensinar o povo a ser liberal
Nunca deve o obreiro que organiza pequenos grupos aqui e ali,
dar aos recém-convertidos à fé, a impressão de que Deus não exige
que eles trabalhem sistematicamente em auxiliar na manutenção
da causa, seja por seus trabalhos pessoais, seja por meio de seus
recursos. Freqüentemente os que recebem a verdade se acham entre
os pobres do mundo; não devem, porém, fazer disso uma desculpa
para negligenciar os deveres que sobre eles recaem em vista da
preciosa luz que receberam. Não devem permitir que a pobreza os
impeça de depositar um tesouro no Céu. As bênçãos ao alcance do
rico, acham-se também ao seu alcance. Se são fiéis no emprego do
pouco que possuem, seu tesouro no Céu aumentará segundo sua
fidelidade. É o motivo pelo qual trabalham, não a quantidade feita,
que torna sua oferta valiosa à vista do Céu.
Todos devem ser ensinados a fazer pelo Mestre o que lhes estiver
ao alcance; a devolver-Lhe segundo a prosperidade que lhes tem
dado. Ele reclama como Sua a décima parte de suas rendas, sejam
elas grandes ou pequenas; e aqueles que a retêm cometem roubo para
com Ele, e não podem esperar que Sua mão lhes dê prosperidade.
Ainda que a igreja seja composta, na maioria, de irmãos pobres, o
assunto da liberalidade sistemática deve ser plenamente exposto, e o
plano adotado de coração. Deus é capaz de cumprir Suas promessas.
Seus recursos são infinitos, e Ele os emprega todos em cumprir
Seus desígnios. E quando Ele vê um fiel cumprimento do dever
na devolução do dízimo, muitas vezes, em Sua sábia providência,
proporciona meios pelos quais este seja aumentado. Aquele que
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segue o plano de Deus no pouco que lhe foi dado, receberá a mesma
recompensa que aquele que oferta de sua abundância.
O mesmo se verifica relativamente aos que empregam alegre-
mente seus talentos de aptidões na causa de Deus, ao passo que os
que deixam de desenvolver o que lhes foi dado incorrerão na mesma
perda que lhes adviria se esse pouco houvesse sido muito. Foi o
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