Página 223 - Obreiros Evang

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Nosso dever de conservar a saúde
Sinto-me penalizada ao ver tantos pastores fracos, tantos em lei-
tos de enfermidade, tantos encerrando prematuramente sua história
terrestre — homens que têm suportado o peso de responsabilidades
na causa de Deus, e cujo coração estava inteiro em sua obra. A con-
vicção de que teriam de parar com seu labor na obra que amavam,
era-lhes muito mais dolorosa que os sofrimentos ocasionados pela
doença, ou mesmo o pensamento da morte em si mesma.
Nosso Pai celestial não aflige nem entristece de bom grado aos
filhos dos homens. Não é o autor da doença e da morte; Ele é a fonte
da vida. Deseja que os homens vivam; e deseja que sejam obedientes
às leis da vida e da saúde, para que vivam.
Os que aceitam a verdade presente, e são santificados por meio
dela, têm um intenso desejo de representá-la em sua vida e caráter.
Sentem na alma um profundo anseio de que os outros vejam a
luz e nela se regozijem. Ao sair o fiel atalaia, levando a preciosa
semente, semeando junto a todas as águas, chorando e orando, a
responsabilidade do trabalho é-lhe bem preocupante para a mente
e o coração. Ele não pode suportar continuamente a tensão, tendo
a alma abalada até ao íntimo, sem se esgotar prematuramente. Em
cada discurso são necessárias energia e eficiência. E, de tempos
a tempos é necessário que se tire do tesouro da Palavra de Deus
uma nova provisão de coisas novas e velhas. Isso comunicará vida
e poder aos ouvintes. Deus não quer que fiqueis tão exaustos que
vossos esforços não tenham frescura ou vida.
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Os que se empenham em constante labor mental, quer no estudo
quer pregando, precisam de repouso e variação. O estudante fervo-
roso está constantemente forçando o cérebro, enquanto muitas vezes
negligencia o exercício físico, e em resultado, as faculdades físicas
são enfraquecidas e o esforço mental é restrito. Assim o estudante
deixa de realizar a própria obra que ele poderia ter feito se tivesse
trabalhado prudentemente.
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