Página 256 - Obreiros Evang

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O exame de si mesmo
Há muita coisa na conduta dos ministros que eles podem me-
lhorar. Muitos vêem e sentem sua falta, todavia parecem ignorar a
influência que exercem. Estão conscientes de suas ações ao praticá-
las, mas permitem que se lhes escapem da memória, e assim, não se
corrigem.
Tornem os ministros as ações de cada dia assunto de acurada
reflexão e deliberado exame, com o fim de conhecerem melhor os
próprios hábitos de vida. Mediante a íntima perscrutação de cada
circunstância da vida diária, haveriam de conhecer melhor os pró-
prios motivos e os princípios que os regem. Essa revisão diária de
nossos atos, a ver onde a consciência aprova ou condena, é neces-
sária a todos quantos desejam atingir a perfeição no caráter cristão.
Muitos atos que passam por boas obras, mesmo atos de generosi-
dade, quando intimamente examinados, verificar-se-á haverem sido
suscitados por motivos errôneos.
Muitos recebem aplausos por virtudes que não possuem. O Pers-
crutador dos corações pesa os motivos, e muitas vezes ações alta-
mente louvadas por homens são por Ele registradas como partindo
de egoísmo e baixa hipocrisia. Cada ato de nossa vida, seja exce-
lente e digno de louvor ou merecedor de censura, é julgado pelo
Perscrutador dos corações segundo os motivos que o determinaram.
Muitos negligenciam contemplar-se no espelho que revela os
defeitos do caráter; por isso existem deformidade e pecados, e são
aparentes aos outros, se não compreendidos pelos que se acham
em falta. O aborrecível pecado do egoísmo existe em alto grau,
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mesmo em alguns que professam ser devotados à causa de Deus.
Se eles comparassem seu caráter com os requisitos dEle, especial-
mente com a grande norma, a santa lei de Deus, verificariam, sendo
investigadores sinceros e honestos, que estão terrivelmente em falta.
Mas muitos não estão dispostos a olhar bastante longe e profundo
bastante para verem a depravação do próprio coração. Acham-se
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