Página 271 - Obreiros Evang

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Desenvolvimento e serviço
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instrumentos de trabalho; sujeitá-las, mas não deixar que elas nos
sujeitem.
Os homens de energia são aqueles que sofreram oposição, es-
cárnio e obstáculos. Pondo suas energias em ação, os obstáculos
que encontram constituem para eles positivas bênçãos. Ganham
confiança em si mesmos. Os conflitos e perplexidades provocam o
exercício da confiança em Deus, e aquela firmeza que desenvolve a
força.
O motivo no serviço
Cristo não fez um serviço limitado. Não mediu o trabalho por
horas. Seu tempo, coração, alma e força foram dados ao trabalho para
o bem da humanidade. Os dias, passava-os em trabalho fatigante;
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longas noites, transcorria-as prostrado em oração, pedindo graça
e paciência para poder fazer um trabalho mais amplo. Com fortes
gemidos e lágrimas dirigia Suas petiçòes ao Céu, para que fosse
fortalecida a Sua natureza humana, a fim de poder estar preparado
para lutar contra o inimigo e fortalecido para cumprir a missão de
melhorar a humanidade. Cristo disse aos Seus obreiros: “Dei-vos o
exemplo, para que como Eu vos fiz, façais vós também.”
João 13:15
.
“O amor de Cristo nos constrange”, dizia Paulo.
2 Coríntios 5:14
.
Tal era a norma que dirigia a sua conduta. Se alguma vez seu ardor
no caminho do dever enfraquecia por momentos, um olhar para a
cruz lhe fazia cingir de novo os lombos do entendimento e o impelia
no caminho da abnegação. Nos trabalhos pelos irmãos, contava com
a manifestação de infinito amor do sacrifício de Cristo, com o seu
poder de subjugar e convencer os corações.
Quão vibrante e tocante é o apelo: “Já sabeis a graça de nosso
Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós Se fez pobre,
para que pela Sua pobreza enriquecêsseis.”
2 Coríntios 8:9
. Sabeis
a altura de que Ele desceu, a profundeza de humilhação a que Se
sujeitou; Seus pés palmilharam a senda do sacrifício, e não se apar-
taram dela até que deu Sua vida. Para Ele não houve descanso entre
o trono do Céu e a cruz. Seu amor pelo homem levou-O a aceitar
todas as indignidades e a suportar todos os abusos.
Paulo admoesta-nos: “Não atente cada um para o que é pro-
priamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.”