Página 311 - Obreiros Evang

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Os ministros e os negócios comerciais
Não podem os ministros fazer um trabalho aceitável para Deus,
e ao mesmo tempo levar o fardo de grandes empreendimentos de
negócios pessoais. Tal divisão de interesse diminui-lhes a percepção
espiritual. A mente e o coração são ocupados com coisas terrenas, e
o serviço de Cristo toma o segundo lugar. Procuram ajustar sua obra
para Deus pelas circunstâncias, em vez de ajustar as circunstâncias
aos reclamos de Deus.
As energias do ministro são todas necessárias para o seu alto
chamado. Suas melhores faculdades pertencem a Deus. Não deve
ele envolver-se em especulações, ou em qualquer outro negócio que
o desvie de sua grande obra. “Ninguém que milita”, escreveu Paulo,
“se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar aquele que
o alistou para a guerra.”
2 Timóteo 2:4
. Assim deu o apóstolo ênfase
à necessidade do ministro se consagrar sem reservas ao serviço do
Mestre.
O ministro que está integralmente consagrado a Deus recusa
empenhar-se em negócios que poderiam impedi-lo de se dar inteira-
mente ao sagrado mister. Não procura riquezas ou honra terrestres;
seu único propósito é falar a outros a respeito do Salvador que Se
deu a Si mesmo para levar aos seres humanos as riquezas da vida
eterna. Seu supremo desejo não é acumular tesouros neste mundo,
mas chamar a atenção dos indiferentes e desleais para as realidades
eternas. Ele pode ser convidado a empenhar-se em empresas que
prometam grandes lucros mundanos, mas a tais tentações ele res-
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ponde: “Que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder
a sua alma?”
Marcos 8:36
.
Satanás apresentou este engodo a Cristo, sabendo que se Ele o
aceitasse, o mundo jamais seria redimido. E sob diferentes disfarces
ele apresenta a mesma tentação aos ministros de Deus hoje, sabendo
que os que forem enganados por ela serão infiéis ao seu legado.
Não é vontade de Deus que Seus ministros procurem enrique-
cer. Com respeito a isto escreveu Paulo a Timóteo: “O amor do
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