Página 408 - Obreiros Evang

Basic HTML Version

404
Obreiros Evangélicos
me aprouver com o meu tempo. Ninguém que consagrou a vida à
obra de Deus como Seu ministro, vive para si próprio. Sua obra é
seguir a Cristo, ser um agente voluntário e um coobreiro do Mestre,
recebendo dia a dia Seu Espírito, e agindo como o Salvador fazia,
sem vacilar nem ficar desanimado. É escolhido de Deus como fiel
instrumento para promover a obra missionária em todas as terras, e
cumpre-lhe ponderar bem a vereda que trilha.
Aqueles que nunca suportaram o encargo de tal obra, e que
pensam terem os escolhidos e fiéis ministros de Deus uma tarefa
fácil, devem ter em mente que as sentinelas de Deus se devem achar
[452]
constantemente no posto do dever. Seu trabalho não se mede por
horas. Ao serem verificados os seus salários, se, por palavra ou
por pena, homens egoístas lhes limitam indevidamente os salários,
comete-se assim um grande erro.
Os que têm sobre si cargos administrativos em ligação com a
causa de Deus, podem-se permitir ser justos e leais; podem-se permi-
tir tratar as coisas segundo os justos princípios. Quando, em tempos
de crise financeira, se pensa que os salários devam ser reduzidos,
seja publicada uma circular expondo a verdadeira situação, e então
indague-se dos empregados da associação se, nessas circunstâncias,
eles poderiam passar com menos para o seu sustento. Todos os ar-
ranjos feitos com aqueles que se acham ao serviço de Deus, devem
ser considerados como uma sagrada transação entre o homem e seu
semelhante. Os homens não têm o direito de tratar os obreiros como
se fossem objetos inanimados, sem voz ou expressão própria.
A esposa do ministro
O ministro é pago por seu trabalho e isso é justo. E se o Senhor
dá à esposa da mesma maneira que ao marido, o encargo da obra,
e ela dedica seu tempo e energias a visitar as famílias e expor-
lhes as Escrituras, embora não lhe hajam sido impostas as mãos da
ordenação, ela está realizando uma obra que pertence ao ramo do
ministério. Deveria então seu trabalho ser reputado por nada?
Têm-se feito por vezes injustiça a mulheres que trabalham tão
dedicadamente como seus maridos, e que são reconhecidas por Deus
como necessárias à obra do ministério. O plano de pagar os obreiros
homens, e não pagar a suas esposas, as quais partilham de seus
[453]