Página 50 - Obreiros Evang

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Uma lição para nosso tempo
A experiência de Enoque e João Batista representa o que deve ser
a nossa. Devemos estudar muito mais do que fazemos, a vida desses
homens — daquele que foi trasladado para o Céu sem provar a morte;
e daquele que, antes do primeiro advento de Cristo, foi chamado a
preparar o caminho do Senhor, a endireitar as Suas veredas.
A experiência de Enoque
A respeito de Enoque está escrito que viveu sessenta e cinco
anos, e gerou um filho; depois disso andou com Deus por trezentos
anos. Durante aqueles primeiros anos Enoque havia amado e temido
a Deus e guardara Seus mandamentos. Após o nascimento do pri-
meiro filho, atingiu uma experiência mais elevada; foi atraído a uma
comunhão mais íntima com Deus. Ao ver o amor do filho para com
o pai, sua confiança simples na proteção dele; ao sentir a profunda
e compassiva ternura de seu próprio coração para com aquele pri-
mogênito, aprendeu uma preciosa lição quanto ao maravilhoso amor
de Deus para com o homem na dádiva de Seu Filho, e a confiança
que os filhos de Deus devem pôr em seu Pai celestial. O infinito,
insondável amor de Deus mediante Cristo, tornou-se dia e noite o
objeto de suas meditações. Com todo o fervor de alma, procurava
revelar esse amor ao povo no meio do qual vivia.
O andar de Enoque com Deus não era em transe ou em visão,
mas em todos os deveres da vida diária. Não se tornou eremita,
isolando-se inteiramente do mundo; pois tinha no mundo uma obra
a fazer para Deus. Na família e em suas relações com os homens,
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como esposo e pai, amigo e cidadão, era o resoluto e inabalável
servo do Senhor.
Em meio de uma vida de ativo labor, Enoque mantinha firme-
mente sua comunhão com Deus. Quanto maiores e mais prementes
eram seus labores, mais constantes e fervorosas as suas orações.
Ele perseverava em excluir-se a certos períodos, de toda sociedade.
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