Página 80 - Obreiros Evang

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Os obreiros e a educação da voz
Em todo o nosso trabalho ministerial, dever-se-ia dar mais aten-
ção ao cultivo da voz. Podemos ter conhecimentos, mas a menos
que saibamos servir-nos corretamente da voz, nossa obra será um
fracasso. Se não soubermos revestir nossas idéias com a linguagem
apropriada, de que nos aproveitará a educação? O saber de pouco
proveito nos será, a menos que cultivemos o talento da palavra;
ele será, entretanto, maravilhoso poder, quando unido à capacidade
de proferir palavras sábias e edificantes, e proferi-las de maneira a
cativar a atenção.
Os estudantes que desejam tornar-se obreiros na causa de Deus,
devem ser exercitados em falar clara e incisivamente, do contrário se-
rão prejudicados em metade da influência que poderiam exercer para
bem. A habilidade de falar com simplicidade e clareza, em acentos
sonoros, é inapreciável em qualquer ramo da obra. Essa qualidade
é indispensável nos que desejam tornar-se pastores, evangelistas,
obreiros bíblicos, ou colportores. Os que pretendem ingressar em
qualquer desses ramos de trabalho, devem aprender a usar a voz
de maneira tal que, ao falarem ao povo acerca da verdade, se pro-
duza uma decidida impressão para bem. A verdade não deve sofrer
detrimento por ser enunciada de maneira imperfeita.
O colportor capaz de falar clara e distintamente sobre o livro
que deseja vender, verá ser isso de grande utilidade em sua obra.
Poderá ter oportunidade de ler um capítulo do livro e, mediante a
melodia de sua voz e a ênfase que sabe dar às palavras, será capaz
de fazer a cena descrita surgir perante a imaginação do ouvinte tão
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distintamente como se ele em realidade a visse.
Aquele que dá estudos bíblicos na congregação ou a famílias,
deve ser capaz de ler com voz branda e harmoniosa cadência, de
modo a se tornar aprazível aos ouvintes.
Os ministros do evangelho devem saber falar com vigor e ex-
pressão, tornando as palavras da vida eterna tão expressivas e im-
pressivas, que os ouvintes não possam deixar de lhes sentir a força.
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