Página 246 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Capítulo 25 — O êxodo
Este capítulo é baseado em
Êxodo 12:34-51
;
13-15
.
Com os lombos cingidos, sapatos nos pés, e cajado à mão, o povo
de Israel permanecera em pé, silenciosos, com respeitoso temor, mas
expectantes, aguardando o mandado real que lhes ordenaria saíssem.
Antes que a manhã raiasse, estavam a caminho. Durante as pragas,
quando a manifestação do poder de Deus acendera a fé no coração
dos escravos, e lançara o terror sobre seus opressores, os israelitas
gradualmente se haviam reunido em Gósen; e, apesar da precipitação
da sua fuga, algumas disposições já haviam sido tomadas para a
necessária organização e direção das multidões em movimento,
sendo estas divididas em grupos, sob dirigentes designados para
isso.
E partiram, “coisa de seiscentos mil de pé, somente de varões,
sem contar os meninos. E subiu também com eles uma mistura de
gente”.
Êxodo 12:34-39
. Nesta multidão havia não somente os que
eram movidos pela fé no Deus de Israel, mas também um número
muito maior dos que desejavam somente escapar das pragas, ou que
seguiam o andar das multidões em movimento, meramente levados
pela agitação e curiosidade. Esta classe foi sempre um estorvo e
cilada para Israel.
O povo levou também consigo “ovelhas, e vacas, e uma grande
quantidade de gado”. Isto era propriedade dos israelitas, que nunca
venderam suas posses ao rei, como fizeram os egípcios. Jacó e seus
filhos haviam trazido consigo rebanhos e gado para o Egito, onde
tinham aumentado grandemente. Antes de deixar essa terra, o povo,
por instrução de Moisés, exigiu uma recompensa pelo seu trabalho
que não fora pago; e os egípcios estavam por demais desejosos de
se livrarem da presença deles para que lho recusassem. Os cativos
saíram carregados dos despojos de seus opressores.
Naquele dia, completou-se a história revelada a Abraão em visão
profética, séculos antes: “Peregrina será a tua semente em terra que
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