Página 255 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Capítulo 26 — Do Mar Vermelho ao Sinai
Este capítulo é baseado em
Êxodo 15:22-27
;
16-18
.
Do Mar Vermelho as tribos de Israel puseram-se novamente a
viajar, guiadas pela coluna de nuvem. O cenário em redor deles era
o mais impressionante — montanhas áridas, de aspecto desolador,
planícies estéreis, e o mar estendendo-se até ao longe, com as praias
juncadas dos corpos de seus inimigos; estavam, contudo, cheios de
alegria, conscientes de sua liberdade, e silenciara todo pensamento
de descontentamento.
Mas, durante três dias, enquanto viajavam, não puderam achar
água. O suprimento que tinham trazido consigo, estava esgotado.
Nada havia para lhes acalmar a sede ardente, enquanto se arrastavam
fatigadamente pelas planícies queimadas de sol. Moisés, que estava
familiarizado com esta região, sabia o que os outros ignoravam, ou
seja, que em Mara, a mais próxima estação onde se poderiam en-
contrar fontes, as águas eram impróprias para o uso. Com ansiedade
intensa observava a nuvem que os guiava. Com o coração a abater-
se, ouviu alegre aclamação: “Água! Água!” a repercutir ao longo
do séquito. Homens, mulheres e crianças em alegre precipitação
apinharam-se junto à fonte, quando, eis, irrompe da multidão um
grito de angústia — a água era amarga.
Em seu terror e desespero censuraram a Moisés por tê-los guiado
por aquele caminho, não se lembrando de que a presença divina
naquela nuvem misteriosa o estivera guiando, bem como a eles mes-
mos. Em sua dor e angústia, Moisés fez o que eles haviam deixado
de fazer; clamou fervorosamente a Deus, pedindo auxílio. “E o Se-
nhor mostrou-lhe um lenho que lançou nas águas, e as águas se
tornaram doces”.
Êxodo 15:25
. Ali foi feita a Israel, por intermédio
de Moisés, esta promessa: “Se ouvires atento a voz do Senhor teu
Deus, e obrares o que é reto diante dos Seus olhos, e inclinares
os teus ouvidos aos Seus mandamentos, e guardares todos os Seus
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