Página 415 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Capítulo 41 — Apostasia no Jordão
Este capítulo é baseado em
Números 25
.
Com alegre coração e fé renovada em Deus, os exércitos vito-
riosos de Israel haviam voltado de Basã. Já haviam ganho posse
de valioso território, e estavam confiantes na conquista imediata de
Canaã. Apenas o rio Jordão se achava entre eles e a Terra Prome-
tida. Do outro lado do rio, precisamente, havia uma fértil planície,
coberta de verdor, regada de torrentes oriundas de copiosas fontes, e
sombreada de palmeiras luxuriantes. Na extremidade ocidental da
planície erguiam-se as torres e palácios de Jericó, tão abrigada em
seus bosques de palmeiras que era chamada “a cidade das palmei-
ras”.
Deuteronômio 34:3
.
Do lado oriental do Jordão, entre o rio e o elevado planalto
que estiveram a atravessar, havia também uma planície, com vários
quilômetros de largura, e que se estendia a alguma distância ao longo
do rio. Este vale abrigado tinha o clima dos trópicos; ali florescia
o sitim, ou acácia, dando à planície o nome de “vale de Sitim”.
Números 25:1
. Foi ali que os israelitas se acamparam, e nos bosques
de acácia ao lado do rio encontraram um agradável retiro.
Mas, por entre aquele atrativo ambiente encontraram um mal
mais cruel do que poderosos exércitos de homens armados, e animais
ferozes do deserto. Aquele território, tão rico em vantagens naturais,
tinha sido contaminado por seus habitantes. No culto público de
Baal, a principal divindade, levavam-se constantemente a efeito as
cenas mais degradantes e iníquas. De todos os lados havia lugares
que eram notados pela idolatria e licenciosidade, oferecendo seus
próprios nomes a sugestão da vileza e corrupção do povo.
Tal ambiente exercia uma influência corruptora sobre os israe-
litas. Suas mentes se tornaram familiares com os vis pensamentos
constantemente sugeridos; sua vida de comodidade e inação pro-
duzia os seus efeitos desmoralizadores; e quase inconscientemente
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