Página 458 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Capítulo 46 — As bênçãos e as maldições
Este capítulo é baseado em
Josué 8
.
Depois da execução da sentença de Acã, Josué teve ordem de
arregimentar todos os homens de guerra, e de novo avançar contra
Ai. O poder de Deus estava com Seu povo, e logo ficaram de posse
da cidade.
As operações militares agora foram suspensas, para que todo o
Israel pudesse empenhar-se em um solene serviço religioso. O povo
estava ansioso por estabelecer-se em Canaã; ainda não tinham casas
nem terras para as suas famílias, e a fim de adquiri-las deveriam
expulsar os cananeus; mas este importante trabalho devia ser adiado,
pois que um dever maior reclamava sua primeira atenção.
Antes de tomarem posse de sua herança, deviam renovar seu
concerto de fidelidade a Deus. Nas últimas instruções de Moisés, por
duas vezes haviam sido dadas ordens para uma convocação das tri-
bos nos montes Ebal e Gerizim, em Siquém, para o reconhecimento
solene da lei de Deus. Em obediência a essas ordens expressas,
todo o povo, não somente homens, mas mulheres, crianças e estran-
geiros que andavam no meio deles (
Josué 8:30-35
), deixaram seu
acampamento em Gilgal, e marcharam através do território de seus
inimigos, ao vale de Siquém, próximo do centro daquela terra. Posto
que cercados de adversários não vencidos, estavam seguros sob a
proteção de Deus, enquanto Lhe fossem fiéis. Agora, como nos dias
de Jacó, “o terror de Deus foi sobre as cidades que estavam ao redor
deles” (
Gênesis 35:5
), e os hebreus não foram incomodados.
O lugar indicado para este serviço solene já era sagrado pela sua
ligação com a história de seus pais. Ali foi que Abraão levantou seu
primeiro altar a Jeová na terra de Canaã. Foi ali que Abraão e Jacó
armaram suas tendas. O último comprara ali o campo em que as
tribos deveriam sepultar o corpo de José. Ali, também, estava o poço
que Jacó cavara, e o carvalho sob o qual sepultara os ídolos de sua
casa.
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