Página 585 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Capítulo 61 — A rejeição de Saul
Este capítulo é baseado em
1 Samuel 15
.
Saul deixara de resistir à prova da fé na situação probante em
Gilgal, e acarretara a desonra ao serviço de Deus; mas seus erros
ainda não eram irreparáveis, e o Senhor lhe concederia outra opor-
tunidade para aprender a lição da fé implícita em Sua Palavra e
obediência aos Suas ordens.
Quando foi repreendido pelo profeta em Gilgal, Saul não viu
grande pecado na conduta que adotara. Entendeu que fora tratado
injustamente, e esforçou-se por reivindicar suas ações, e apresentou
desculpas pelo seu erro. Desde aquele tempo pouca comunicação
teve com o profeta. Samuel amava a Saul como seu próprio filho, e
este, ousado e ardoroso em seu temperamento, tinha tido o profeta
em elevada consideração; mas ressentiu-se da censura de Samuel, e
dali em diante o evitava quanto possível.
Mas o Senhor enviou o Seu servo com uma outra mensagem a
Saul. Pela obediência poderia ainda provar fidelidade para com Deus,
e dignidade para andar diante de Israel. Samuel veio ao rei e apresen-
tou a palavra do Senhor. A fim de que o rei pudesse compenetrar-se
da importância de atender à ordem, Samuel declarou expressamente
que falava por determinação divina, pela mesma autoridade que
chamara Saul ao trono. Disse o profeta: “Assim diz o Senhor dos
Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se
lhe opôs no caminho, quando subia do Egito. Vai pois agora e fere a
Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes;
porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até
aos de mama, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até
aos jumentos”.
1 Samuel 15:3
. Os amalequitas foram os primeiros
a fazerem guerra a Israel no deserto; e por este pecado, juntamente
com seu desafio a Deus e sua aviltante idolatria, o Senhor, por meio
de Moisés, pronunciara sentença sobre eles. Por determinação di-
vina, a história de sua crueldade para com Israel fora registrada,
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