Página 607 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Capítulo 64 — A fuga de Davi
Este capítulo é baseado em
1 Samuel 18-22
.
Depois de matar Golias, Saul conservou Davi consigo, e não
permitiu que voltasse à casa de seu pai. E aconteceu que “a alma
de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à
sua própria alma”. Jônatas e Davi fizeram um concerto para serem
unidos como irmãos, e o filho do rei “se despojou da capa que
trazia sobre si, a deu a Davi, como também os seus vestidos, até a
sua espada, e o seu arco, e o seu cinto”. A Davi foram confiadas
importantes responsabilidades; todavia ele conservou sua modéstia,
e ganhou a afeição do povo bem como da casa real.
“Saía Davi aonde quer que Saul o enviava, e conduzia-se com
prudência, e Saul o pôs sobre a gente de guerra”.
1 Samuel 18:1, 4, 5
.
Davi era prudente e fiel, e era evidente que a bênção de Deus estava
com ele. Saul por vezes se compenetrava de sua própria inaptidão
para o governo de Israel, e entendia que o reino estaria mais livre
de perigo se pudesse haver ligado com ele alguém que recebesse
instrução do Senhor. Saul esperava também que sua associação com
Davi fosse uma salvaguarda para si mesmo. Visto que Davi era
favorecido e defendido pelo Senhor, sua presença poderia ser uma
proteção a Saul quando com ele saía a guerrear.
Foi a providência de Deus que ligou Davi a Saul. O cargo de Davi
na corte dar-lhe-ia conhecimento dos negócios desta, em seu preparo
para a sua futura grandeza. Habilitá-lo-ia a captar a confiança da
nação. Os sofrimentos e dificuldades que lhe ocorreram, em virtude
da inimizade de Saul levá-lo-iam a sentir sua dependência de Deus,
e a depositar nEle toda a sua confiança. E a amizade de Jônatas por
Davi era também da providência de Deus, a fim de preservar a vida
do futuro governante de Israel. Em todas estas coisas, Deus estava
levando a efeito Seus propósitos de graça, tanto em favor de Davi
como do povo de Israel.
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