Página 10 - Profetas e Reis (2007)

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Capítulo 1 — Salomão
No reinado de Davi e Salomão, Israel tornara-se forte entre as
nações, e tivera muitas oportunidades de exercer poderosa influência
em favor da verdade e do direito. O nome de Jeová era exaltado e
tido em honra, e o propósito para o qual os israelitas haviam sido
estabelecidos na terra da promessa dir-se-ia estar a alcançar seu
cumprimento. Barreiras haviam sido derribadas, e os pesquisadores
da verdade vindos de terras pagãs não retornavam insatisfeitos.
Produziram-se conversões, e a igreja de Deus na Terra se ampliava e
prosperava.
Salomão foi ungido e proclamado rei nos derradeiros anos de
seu pai Davi, o qual abdicara em seu favor. Os primeiros tempos de
sua vida foram promissores, e era propósito de Deus que ele fosse
de força em força, de glória em glória, aproximando-se cada vez
mais da semelhança do caráter de Deus, inspirando assim Seu povo
a cumprir sua sagrada incumbência, como depositários da verdade
divina.
Davi sabia que o elevado propósito de Deus para com Israel
só se realizaria se dirigentes e povo procurassem com incessante
vigilância atingir a norma estabelecida para eles. Ele sabia que para
que seu filho Salomão correspondesse à confiança com que Deus Se
agradara em honrá-lo, o jovem governante não devia ser meramente
um guerreiro, um estadista, um soberano, mas um homem forte,
bom, um ensinador de justiça, um exemplo de fidelidade.
Com terno fervor Davi exortou Salomão a ser varonil e nobre, a
mostrar misericórdia e magnanimidade a seus súditos, e em todo o
seu trato com as nações da Terra honrar e glorificar o nome de Deus
e tornar manifesta a beleza da santidade. As inúmeras experiências
difíceis e notáveis pelas quais Davi passara durante o curso de
sua vida haviam-lhe ensinado o valor das mais nobres virtudes, e
levaram-no a declarar a Salomão, em suas instruções no leito de
morte: “Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine
no temor de Deus. E será como a luz da manhã, quando sai o Sol,
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