Página 253 - Profetas e Reis (2007)

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Capítulo 33 — O livro da lei
As influências silenciosas mas poderosas postas em operação
pelas mensagens dos profetas quanto ao cativeiro babilônio, muito
fizeram para preparar o caminho para uma reforma que ocorreu no
décimo oitavo ano do reinado de Josias. Este movimento de reforma,
pelo qual os juízos pressagiados foram sustados por algum tempo,
foi levado a efeito de maneira inteiramente inesperada graças à
descoberta e estudo de uma porção da Sagrada Escritura que durante
muitos anos havia estado estranhamente deslocada e perdida.
Cerca de um século antes, durante a primeira celebração da
Páscoa por Ezequias, tomaram-se medidas para a leitura pública do
livro da lei ao povo, por sacerdotes-instrutores. Foi a observância
dos estatutos escritos por Moisés, especialmente os que haviam sido
dados no livro do concerto, e que faziam parte do Deuteronômio,
que fizera próspero o reinado de Ezequias. Porém Manassés ousara
pôr de lado esses estatutos; e durante seu reinado a cópia do livro
da lei que estava no templo, por negligência e descuido, havia-se
perdido. Assim foi o povo durante muitos anos privado de maneira
generalizada de sua instrução.
O manuscrito por tanto tempo perdido foi achado no templo por
Hilquias, o sumo sacerdote, quando o edifício estava sob intensivos
reparos, em harmonia com o plano do rei Josias para a preservação
da estrutura sagrada. O sumo sacerdote passou o sagrado volume às
mãos de Safã, um escriba letrado, que o leu, e o levou ao rei, com a
história de sua descoberta.
Josias ficou impressionado ao ouvir pela primeira vez a leitura
das exortações e advertências registradas neste antigo manuscrito.
Nunca antes compreendera ele tão profundamente a clareza com
que Deus havia posto perante Israel “a vida e a morte, a bênção e a
maldição” (
Deuteronômio 30:19
); e quão repetidamente foram eles
admoestados a escolher o caminho da vida, para que se tornassem
um louvor na Terra, uma bênção a todas as nações.
Deuteronômio
31:6
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