Página 272 - Profetas e Reis (2007)

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Capítulo 35 — A condenação iminente
Os primeiros anos do reinado de Jeoaquim foram cheios de
advertências de próxima condenação. A palavra que o Senhor falara
pelos profetas estava prestes a ser cumprida. O poder da Assíria,
ao norte, supremo por tanto tempo, não mais devia reger as nações.
O Egito ao sul, em cujo poder o rei de Judá estava inutilmente
colocando a sua confiança, logo devia ser posto decididamente em
xeque. Um novo poder mundial de todo inesperado — o império
babilônico — estava surgindo a leste, e depressa lançando sombra
sobre todas as nações.
Dentro de breves anos, o rei de Babilônia seria usado como ins-
trumento da ira de Deus sobre o impenitente Judá. Uma e outra
vez Jerusalém seria atacada e invadida pelos exércitos sitiantes de
Nabucodonosor. Grupo após grupo — de início uns poucos apenas,
porém mais tarde milhares e dezenas de milhares — seriam levados
cativos para a terra de Sinear para ali viverem em forçado exílio.
Jeoaquim, Joaquim, Zedequias — todos esses reis judeus se torna-
riam por seu turno vassalos do governador de Babilônia, e todos
por sua vez se rebelariam. Castigos cada vez mais severos seriam
infligidos à nação rebelde, até que afinal toda a terra se tornasse
uma desolação; Jerusalém seria devastada e queimada com fogo, o
templo que Salomão construíra seria destruído, e o reino de Judá
cairia, jamais voltando a ocupar sua anterior posição entre as nações
da Terra.
Aqueles tempos de mudança, tão pejados de perigos para a nação
israelita, foram marcados com muitas mensagens do Céu através de
Jeremias. Assim o Senhor deu aos filhos de Judá ampla oportunidade
de se libertarem das embaraçantes alianças com o Egito, e evitar
conflito com os príncipes de Babilônia. Aproximando-se mais o
ameaçador perigo, ele ensinou o povo por meio de uma série de
parábolas encenadas, esperando assim despertá-los para a noção
de suas obrigações para com Deus, e também encorajá-los a se
manterem cordiais para com o governo babilônico.
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