Página 317 - Profetas e Reis (2007)

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Capítulo 40 — O sonho de Nabucodonosor
Este capítulo é baseado em
Daniel 2
.
Logo depois que Daniel e seu companheiros entraram no serviço
do rei de Babilônia, ocorreram acontecimentos que revelaram a uma
nação idólatra o poder e a fidelidade do Deus de Israel. Nabucodo-
nosor teve um sonho singular, pelo qual “seu espírito se perturbou, e
passou-se-lhe o seu sono”. Mas embora a mente do rei estivesse pro-
fundamente impressionada, foi-lhe impossível, quando despertou,
recordar as particularidades.
Em sua perplexidade, Nabucodonosor reuniu os seus sábios —
“os magos, e os astrólogos, e os encantadores, e os caldeus” —
e pediu-lhes auxílio. “Tive um sonho”, disse ele, “e para saber o
sonho está perturbado o meu espírito.” Com esta declaração da
sua perplexidade, exigiu deles que lhe revelassem o que poderia
trazer-lhe tranqüilidade à mente.
A isso os sábios responderam: “Ó rei, vive eternamente dize o
sonho a teus servos, e daremos a interpretação”.
Daniel 2:1-4
.
Não satisfeito com uma resposta evasiva, e desconfiado porque,
a despeito de suas pretensiosas afirmações de poderem revelar os
segredos dos homens, eles pareciam não obstante indispostos em
prestar-lhes auxílio, o rei ordenou a seus sábios, com promessas de
riqueza e honrarias ou por outro lado de ameaças de morte, que lhe
dissessem não apenas a interpretação do sonho, mas o próprio sonho.
“O que foi me tem escapado”, disse ele; “se me não fizerdes saber o
sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas
serão feitas um monturo. Mas se vós me declarardes o sonho e a sua
interpretação, recebereis de mim dons, e dádivas, e grande honra.”
Os sábios responderam ainda: “Diga o rei o sonho a seus servos,
e daremos a sua interpretação.”
Nabucodonosor, agora inteiramente desperto e irado com a evi-
dente perfídia daqueles em quem tinha confiado, declarou: “Percebo
muito bem que vós quereis ganhar tempo, porque vedes que o que eu
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