Página 331 - Profetas e Reis (2007)

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Capítulo 42 — A verdadeira grandeza
Este capítulo é baseado em
Daniel 4
.
Exaltado ao pináculo da honra mundana, e reconhecido mesmo
pela Inspiração como “rei dos reis” (
Ezequiel 26:7
), Nabucodonosor
não obstante algumas vezes tinha atribuído ao favor de Jeová a glória
do seu reino e o esplendor do seu reinado. Este foi o caso quando do
seu sonho da grande imagem. Seu espírito havia sido profundamente
influenciado por esta visão, e pelo pensamento de que o império
babilônico, embora universal, devia finalmente cair, e outros reinos
haveriam de dominar, até que afinal todos os poderes da Terra fossem
substituídos pelo reino a ser estabelecido pelo Deus do Céu, sendo
que esse reino não seria jamais destruído.
A nobre concepção que Nabucodonosor tinha dos propósitos de
Deus no tocante às nações fora perdido de vista posteriormente em
sua experiência; e quando o seu orgulhoso espírito foi humilhado
aos olhos da multidão no campo de Dura, ele uma vez mais reco-
nheceu que o reino de Deus é “um reino eterno, e o Seu domínio de
geração em geração”. Idólatra por nascimento e educação, e cabeça
de um povo idólatra, tinha ele contudo um inato senso da justiça e
do direito, e Deus podia usá-lo como instrumento na punição dos
rebeldes e para o cumprimento do propósito divino. Como um dos
“mais formidáveis dentre as nações” (
Ezequiel 28:7
), foi dado a Na-
bucodonosor, após anos de paciência e infatigável labor, conquistar
Tiro; o Egito também caiu presa de seus exércitos vitoriosos; e ao
acrescentar ele nação após nação ao domínio babilônico, mais e mais
cresceu a sua fama como o maior governante do século.
Não surpreende que o bem-sucedido monarca, tão ambicioso e
de espírito tão exaltado, fosse tentado a desviar-se do caminho da
humildade, o único que leva à verdadeira grandeza. Nos intervalos de
suas guerras de conquista, dedicou-se muito a embelezar e fortificar
sua capital, até que afinal a cidade de Babilônia se tornou a principal
glória do seu reino, “a cidade dourada” (
Isaías 14:4
), o louvor de
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