Página 424 - Profetas e Reis (2007)

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Capítulo 55 — Ciladas dos pagãos
Este capítulo é baseado em
Neemias 6
.
Sambalá e seus confederados não ousavam fazer guerra aberta
aos judeus; mas com crescente malícia continuaram os seus secre-
tos esforços para os desencorajar, perturbar e injuriar. O muro em
torno de Jerusalém estava indo depressa a caminho da conclusão.
Quando estivesse concluído e suas portas assentadas, esses inimigos
de Israel não poderiam esperar forçar entrada na cidade. Estavam,
pois, desejosos o máximo de deter a obra o quanto antes. Por fim
imaginaram um plano pelo qual esperavam afastar Neemias, do seu
posto e uma vez tendo-o em seu poder matá-lo ou aprisioná-lo.
Sob o pretexto de conseguir um acordo entre as partes em oposi-
ção, eles procuraram uma conferência com Neemias, e convidaram-
no a se encontrarem numa vila na planície de Ono. Mas esclarecido
pelo Espírito Santo quanto ao real propósito que tinham em vista,
ele recusou. “Envieilhes mensageiros, a dizer”, ele escreve: “Estou
fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer. Por que
cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?”
Mas os tentadores foram persistentes. Quatro vezes enviaram men-
sageiros com a mesma missão, e quatro vezes receberam idêntica
resposta.
Verificando que esse esquema não funcionou, eles decidiram
tentar um plano mais ousado. Sambalá enviou a Neemias um porta-
dor com uma carta aberta em que dizia: “Entre as gentes se ouviu,
e Gasmu diz, que tu e os judeus intentais revoltar-vos, pelo que
edificas o muro; e que tu te farás rei [...] E que puseste profetas, para
pregarem de ti em Jerusalém, dizendo: Este é rei em Judá. Ora o rei
o ouvirá, segundo estas palavras; vem, pois, agora e consultemos
juntamente”.
Neemias 6:3-7
.
Fosse verdade que tais boatos estavam circulando, e teria havido
motivos para apreensão; pois logo o informe teria sido levado ao
rei, que poderia determinar as mais severas medidas ante uma leve
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