Página 441 - Profetas e Reis (2007)

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Capítulo 58 — A vinda de um libertador
Através dos longos séculos de “angústia e escuridão” (
Isaías
8:22
) que marcaram a história da humanidade desde o dia em que
nossos primeiros pais perderam o seu lar no Éden até o tempo em
que o Filho de Deus apareceu como o Salvador dos pecadores, a
esperança da raça caída esteve centralizada na vinda de um Liber-
tador para livrar a homens e mulheres do cativeiro do pecado e da
sepultura.
A primeira indicação de tal esperança foi dada a Adão e Eva na
sentença pronunciada sobre a serpente no Éden, quando o Senhor
declarou a Satanás aos ouvidos de nossos primeiros pais: “Porei
inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente;
esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.
Gênesis 3:15
.
Ao atentar o culpado para essas palavras, foram inspirados com
esperança; pois na profecia concernente ao aniquilamento do poder
de Satanás eles discerniram uma promessa de libertação da ruína
que a transgressão havia operado. Embora devessem sofrer o poder
de seu adversário, dado que tinham caído sob sua sedutora influência
e haviam escolhido desobedecer aos claros mandamentos de Jeová,
não precisavam contudo entregar-se ao completo desespero. O Filho
de Deus Se oferecia para expiar com o Seu próprio sangue as trans-
gressões deles. Ser-lhes-ia permitido um período de graça, durante o
qual, pela fé no poder de Cristo para salvar, poderiam tornar-se uma
vez mais filhos de Deus.
Satanás, em virtude do êxito que teve em desviar o homem do
caminho da obediência, tornou-se “o deus deste século”.
2 Coríntios
4:4
. O domínio que uma vez pertenceu a Adão passou ao usurpador.
Mas o Filho de Deus Se propôs vir à Terra a fim de pagar a penali-
dade do pecado, e assim não apenas redimir o homem, mas recobrar
o domínio usurpado. É desta restauração que Miquéias profetizou
quando disse: “A ti, ó torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti
virá; sim, a ti virá o primeiro domínio”.
Miquéias 4:8
. O apóstolo
Paulo a ela se referiu como a “redenção da possessão de Deus”.
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