Página 88 - Profetas e Reis (2007)

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Capítulo 11 — O Carmelo
Este capítulo é baseado em
1 Reis 18:19-40
.
Uma vez perante Acabe, Elias propôs que todo o Israel fosse
reunido juntamente com ele e os profetas de Baal e Astarote no
Monte Carmelo. “Agora pois envia”, ordenou, “ajunta a mim todo o
Israel no Monte Carmelo, como também os quatrocentos e cinqüenta
profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de Asera, que comem à
mesa de Jezabel”.
1 Reis 18:19
.
A ordem fora dada por alguém que parecia estar na própria pre-
sença de Jeová, e Acabe obedeceu-a de pronto, como se o profeta
fosse o monarca e o rei o súdito. Velozes mensageiros foram despa-
chados por todo o reino, com a intimação de se reunirem com Elias
e os profetas de Baal e Astarote. Em cada cidade e vila, o povo se
preparou para se reunir no tempo indicado. Ao caminharem para o
lugar, o coração de muitos se enchia de estranhos pressentimentos.
Algo fora do comum estava para acontecer; senão, por que a ordem
para se reunirem no Carmelo? Que nova calamidade estava para
desabar sobre o povo e a terra?
Antes da seca o Monte Carmelo era um lugar de beleza, seus
ribeiros alimentando-se de fontes perenes e suas férteis escarpas
cobertas de belas flores e luxuriantes bosques. Mas agora sua beleza
empalideceu sob a fulminante maldição. Os altares erguidos para
adoração de Baal e Astarote jaziam agora nos bosques desfolhados.
Nas alturas de um dos mais elevados cumes, em marcante contraste
com aqueles, estava o altar derribado de Jeová.
O Carmelo dominava vasta extensão do país; suas elevações
eram visíveis de muitos lugares do reino de Israel. Ao sopé do
monte havia vantajosos pontos de onde se podia ver muito do que
se passava em cima. Deus havia sido assinaladamente desonrado
pelo culto idólatra que se realizava sob o dossel de suas escarpas
arborizadas; e Elias escolheu essa elevação como o lugar mais visível
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