Página 95 - Profetas e Reis (2007)

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Capítulo 12 — De Jezreel a Horebe
Este capítulo é baseado em
1 Reis 18:41-46
;
19:1-8
.
Com a exterminação dos profetas de Baal, estava aberto o ca-
minho para uma poderosa reforma espiritual entre as dez tribos do
reino do norte. Elias havia exposto ao povo a sua apostasia; tinha-os
convidado a humilhar o coração e tornar-se para o Senhor. Os juízos
do Céu tinham sido executados; o povo havia confessado seus peca-
dos e reconhecido o Deus de seus pais como o Deus vivo; e agora a
maldição do Céu devia ser retirada e renovadas as bênçãos tempo-
rais de vida. A terra devia ser refrescada com chuva. “Sobe, come
e bebe”, disse Elias a Acabe, “porque ruído há de uma abundante
chuva”.
1 Reis 18:41
. Então o profeta se dirigiu ao alto do monte
para entregar-se a oração.
Não foi porque houvesse qualquer evidência externa de que
águas estavam para desabar, que Elias tão confiantemente mandou
que Acabe se preparasse para a chuva. O profeta não viu nenhuma
nuvem nos céus; ele não ouvira nenhum trovão. Simplesmente
proferira a palavra que o Espírito do Senhor o havia movido a
falar em resposta a sua firme fé. Resolutamente havia ele feito
a vontade de Deus através do dia, e havia manifestado implícita
confiança nas profecias da Palavra de Deus; e agora, havendo feito
tudo que estava em seu poder, sabia que o Céu outorgaria livremente
as bênçãos preditas. O mesmo Deus que havia enviado a estiagem
tinha prometido abundância de chuvas como recompensa do reto
proceder; e agora Elias esperava pelo derramamento prometido. Em
atitude de humildade, “o seu rosto entre os seus joelhos” (
1 Reis
18:42
), intercedeu com Deus em favor do penitente Israel.
Uma e outra vez Elias enviou seu servo a observar de um ponto
que dominava o Mediterrâneo, a fim de verificar se havia qualquer
sinal visível de que Deus tivesse ouvido sua oração. A cada vez o
servo retornava com a resposta: “Não há nada”. O profeta não se
impacientou ou perdeu a fé, mas continuou sua fervente petição. Seis
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