Página 26 - Testemunhos Seletos 2 (2008)

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Testemunhos Seletos 2
Atitude generosa para com todos
Quando damos ouvidos a uma difamação contra nosso irmão, so-
mos responsáveis pela mesma. À pergunta: “Senhor, quem habitará
no Teu tabernáculo? quem morará no Teu santo monte?” responde
o salmista: “Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça,
e fala verazmente, segundo o seu coração; aquele que não difama
com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma
afronta contra o seu próximo.”
Salmos 15:1-3
.
Que mundo de vã tagarelice seria evitado, se todo homem se
lembrasse de que aqueles que lhe contam as faltas dos outros, com a
mesma sem-cerimônia publicarão as faltas dele, em se apresentando
oportunidade! Devemos esforçar-nos por pensar bem de todos os
homens, especialmente de nossos irmãos, até que sejamos forçados
a pensar de outro modo. Não devemos ter pressa em acreditar em
relatórios maus. Eles são muitas vezes resultado de inveja ou mal-
entendidos, ou podem proceder de exageros ou de uma exposição de
fatos tendenciosa. O ciúme e a suspeita, uma vez se lhes tendo dado
lugar, espalhar-se-ão aos quatro ventos, como as sementes de cardo.
Se um irmão se desvia, é então ocasião de nele mostrardes vosso
real interesse. Ide ter com ele bondosamente, orai com ele e por
ele, lembrados do preço infinito que Cristo pagou por sua redenção.
Deste modo podereis salvar da morte uma alma e cobrir multidão de
pecados.
Um olhar, uma palavra, mesmo uma inflexão da voz, podem ser
a expressão da falsidade, cravando-se qual seta farpada em algum
coração, infligindo-lhe ferida incurável. Assim uma dúvida, uma
difamação, pode ser lançada sobre uma pessoa por intermédio da
qual Deus iria realizar uma boa obra, prejudicando-lhe a influência
e destruindo-lhe a utilidade. Entre algumas espécies de animais,
se um dentre eles é ferido e cai, é imediatamente atacado e ras-
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gado em pedaços por seus companheiros. No mesmo espírito cruel
condescendem homens e mulheres que tomam o nome de cristãos.
Manifestam um zelo farisaico em apedrejar outros menos culpados
que eles. Alguns há que apontam para as faltas e fracassos alheios, a
fim de distrair a atenção dos outros dos seus próprios, ou para serem
considerados muito zelosos em prol de Deus e da igreja.
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