Página 453 - Testemunhos Seletos 2 (2008)

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A necessidade do mundo
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estão pondo os pés na mesma estrada? Milhares há, que ocupam
posição de honra e utilidade, os quais estão cedendo a hábitos que
significam ruína para o corpo e a alma. Não se deve fazer o mais
diligente esforço a fim de os esclarecer?
Ministros do evangelho, estadistas, escritores, homens de fortuna
e de talento, homens de vasta capacidade na esfera dos negócios
e de energia para serem úteis, acham-se em perigo mortal por não
verem a necessidade de estrita temperança em tudo. Importa chamar-
lhes a atenção para os princípios de temperança, não de maneira
estreita ou arbitrária, mas em face do grande desígnio de Deus para a
humanidade. Pudessem os princípios da verdadeira temperança lhes
ser assim apresentados, e muitos membros das classes mais elevadas
reconheceriam seu valor e os acolheriam de coração.
Voltar-se para as riquezas eternas
Há outro perigo a que as classes abastadas se acham especial-
mente expostas, e também aí há um campo para a obra médico-
missionária. Multidões prósperas no mundo, e que nunca descem às
formas comuns de vício, são ainda levadas à destruição pelo amor
das riquezas. Absorvidas com os tesouros terrenos que possuem, são
insensíveis aos reclamos de Deus e às necessidades de seus seme-
lhantes. Em vez de considerar a própria riqueza como um talento a
ser empregado para a glória de Deus e o erguimento da humanidade,
olham-na como um meio de condescender consigo mesmos e de se
glorificarem a si. Ajuntam casa a casa, terra a terra, enchem suas
moradas de luxos, ao passo que a necessidade caminha pelas ruas, e
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ao seu redor tudo são criaturas humanas mergulhadas na miséria e
no crime, na doença e na morte. Os que assim se dedicam a servir
ao próprio eu, desenvolvem em si, não os atributos de Deus, mas os
de Satanás.
Tais pessoas se acham carecidas do evangelho. É preciso que
volvamos os seus olhos da vaidade das coisas materiais, para con-
templar a preciosidade das riquezas eternas. Precisam aprender a
alegria de dar, a bênção de serem colaboradores de Deus.
As pessoas dessa classe são muitas vezes as de mais difícil
acesso, mas Cristo abrirá caminhos pelos quais possam ser alcança-
das. Que os mais sábios, mais confiantes, mais esperançosos obreiros