Página 13 - Atos dos Ap

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O propósito de Deus para sua igreja
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humanidade. À medida que recebe do Salvador graça para reparti-la
com outros, de seu próprio ser fluem torrentes de vida espiritual.
Deus escolhera Israel para revelar Seu caráter aos homens. Que-
ria que os israelitas fossem fontes de salvação no mundo. A eles
foram entregues os oráculos do Céu, a revelação da vontade de Deus.
Nos primeiros dias de Israel, as nações do mundo, mediante práticas
corruptas tinham perdido o conhecimento de Deus. Eles O haviam
conhecido antes; mas porque “não O glorificaram como Deus, nem
Lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu
coração insensato se obscureceu”.
Romanos 1:21
. Mas em Sua mi-
sericórdia Deus não as riscou da existência. Ele Se propôs dar-lhes
nova oportunidade de se familiarizarem com Ele por intermédio de
Seu povo escolhido.
Mediante os ensinos do sacrifício expiatório, Cristo deveria ser
exaltado perante todas as nações, e todos os que olhassem para Ele
viveriam. Cristo era o fundamento da organização judaica. Todo o
sistema de tipos e símbolos era uma compacta profecia do evangelho,
uma representação em que se continham as promessas de redenção.
Mas o povo de Israel perdeu de vista seus altos privilégios como
representantes de Deus. Esqueceram-se de Deus e deixaram de cum-
prir Sua santa missão. As bênçãos por eles recebidas não produziram
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bênçãos para o mundo. Apropriaram-se de todas as suas vantagens
para glorificação própria. Excluíram-se do mundo para escapar à
tentação. As restrições por Deus impostas na sua associação com
os idólatras como um meio de prevenir-lhes o conformismo com as
práticas pagãs, eles as usaram para levantar um muro de separação
entre si e as demais nações.
Roubaram a Deus no serviço que Ele requeria deles e roubaram
ao próximo na guia religiosa e santo exemplo.
Sacerdotes e príncipes fixaram-se numa rotina de cerimonia-
lismo. Satisfizeram-se com uma religião legal e era-lhes impossível
dar a outros as vivas verdades do Céu. Consideravam suficiente sua
própria justiça e não desejavam a intromissão de um novo elemento
em sua religião. A boa vontade de Deus para com os homens não era
por eles aceita como algo à parte deles próprios, mas a relacionavam
com seus próprios méritos por causa de suas boas obras. A fé que
atua por amor e purifica a vida não achava lugar na união com a
religião dos fariseus, feita de cerimonialismo e injunções humanas.