Mensagem de advertência e de apelo
215
O apóstolo esboça com clareza o resultado de deixar a vida de
pureza e santidade para voltar às práticas corruptas do paganismo.
“Não erreis”, escreveu ele, “nem os devassos, nem os idólatras, nem
os adúlteros, [...] nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados,
nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus”.
1
Coríntios 6:10
. Suplicou-lhes que controlassem os apetites e paixões
inferiores. “Ou não sabeis”, interrogou, “que o vosso corpo é o
templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus?”
[171]
Embora Paulo possuísse grandes dotes intelectuais, sua vida
revelava o poder de uma sabedoria mais rara, a qual lhe dava ha-
bilidade introspectiva e simpatia de coração, o que o levava em
íntima associação com outros, capacitando-o a despertar neles sua
melhor natureza e a inspirá-los a lutar por uma vida mais elevada.
Seu coração estava cheio de fervoroso amor pelos crentes coríntios.
Ansiava por vê-los revelar uma piedade íntima que os fortificasse
contra a tentação. Ele sabia que, em cada passo no caminho cristão,
encontrariam a oposição da sinagoga de Satanás, e que diariamente
teriam de enfrentar conflitos. Teriam de guardar-se contra a sutil
aproximação do inimigo, vencendo velhos hábitos e inclinações
naturais, sempre vigiando em oração. Paulo estava certo de que os
mais altos ideais cristãos só podem ser alcançadas mediante muita
oração e permanente vigilância, e isso procurava incutir-lhes na
mente. Mas ele sabia também que em Cristo crucificado lhes era
oferecido poder suficiente para converter a pessoa, e divinamente
adaptado para habilitá-los a resistir a todas as tentações para o mal.
Com fé em Deus como sua armadura, e com Sua Palavra como arma
de guerra, eles seriam supridos com poder íntimo que os capacitaria
a rechaçar os ataques do inimigo.
Os crentes coríntios necessitavam de mais profunda experiência
nas coisas de Deus. Eles não sabiam exatamente o que significa con-
templar Sua glória e ser transformados de glória em glória. Haviam
visto apenas os primeiros raios do alvorecer desta glória. O desejo
de Paulo por eles era que eles fossem cheios de toda plenitude de
Deus, conhecendo e prosseguindo em conhecer Aquele cuja saída
é como a alva, e continuassem a aprender dEle até que chegasse a
pleno meio-dia de uma perfeita fé evangélica.
[172]