Ministério consagrado
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estavam sempre voltados para o invisível e eterno. Reconhecendo
que estava lutando contra poderes sobrenaturais, pôs sua confiança
em Deus, e nisso repousava sua força. É pelo contemplar Aquele que
é invisível que se obtém a força e o vigor do espírito, e é quebrado o
poder das coisas terrenas sobre a mente e o caráter.
Deve o pastor misturar-se livremente com aqueles por quem
trabalha a fim de familiarizar-se com eles e saber como adaptar seus
ensinos às necessidades deles. Havendo pregado um sermão, a obra
do pastor apenas começou. Há um trabalho pessoal para ele fazer.
Deverá visitar o povo em seus lares, falando e orando com eles com
fervor e humildade. Há famílias que jamais serão alcançadas pelas
verdades da Palavra de Deus a menos que os mordomos de Sua
graça entrem em seus lares e lhes indiquem o mais alto caminho.
Mas o coração dos que fazem essa obra devem pulsar em uníssono
com o coração de Cristo.
Muito está compreendido na ordem: “Sai pelos caminhos e
valados, e força-os a entrar, para que a Minha casa se encha”.
Lucas
14:23
. Ensinem os pastores as verdades nos lares, aproximando-
se daqueles por quem trabalham; ao assim cooperarem com Deus,
Ele os revestirá de poder espiritual. Cristo os guiará em sua obra,
dando-lhes palavras que penetrarão profundamente no coração dos
ouvintes. É privilégio de cada pastor poder dizer com Paulo: “Nunca
deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus” “Nada, que útil
seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas,
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[...] testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a
Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo”.
Atos dos Apóstolos
20:27, 20, 21
.
O Salvador ia de casa em casa, curando os enfermos, confor-
tando os que choravam, consolando os aflitos, inspirando paz aos
desconsolados. Tomava as criancinhas nos braços e as abençoava,
e dizia palavras de esperança e conforto às mães cansadas. Com
infalível gentileza e ternura, Ele Se aproximava de cada forma de
miséria e aflição humanas. Trabalhava não para Si mesmo, mas para
os outros. Era o servo de todos. Sua comida e bebida era levar espe-
rança e ânimo a todos aqueles com quem entravam em contato. E ao
atentarem homens e mulheres para as verdades que caíam de Seus
lábios, tão diferentes das tradições e dogmas ensinados pelos rabi-