Página 27 - Atos dos Ap

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Capítulo 4 — O Pentecostes
Este capítulo é baseado em
Atos dos Apóstolos 2:1-39
.
Ao voltarem os discípulos do Olivete para Jerusalém, o povo
fitava-os, esperando descobrir-lhes no rosto expressões de tristeza,
confusão e derrota, mas viram alegria e triunfo. Os discípulos não
pranteavam desapontadas esperanças. Viram o Salvador ressurgido, e
Sua promessa na despedida lhes ecoava constantemente aos ouvidos.
Em obediência à ordem de Cristo, esperaram em Jerusalém o
cumprimento da promessa do Pai — o derramamento do Espírito.
Não esperaram ociosos. Diz o registro que “estavam sempre no
templo, louvando e bendizendo a Deus”.
Lucas 24:53
. Reuniram-se
também para, em nome de Jesus, apresentar seus pedidos ao Pai.
Sabiam que tinham um representante no Céu, um advogado junto
ao trono de Deus. Em solene reverência, ajoelharam-se em oração,
repetindo a promessa: “Tudo quanto pedirdes a Meu Pai, em Meu
nome, Ele vo-lo há de dar. Até agora nada pedistes em Meu nome;
pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra”.
João 16:23,
24
. Mais e mais alto eles estenderam a mão da fé, com o poderoso
argumento: “É Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou
dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede
por nós”.
Romanos 8:34
.
Ao esperarem os discípulos pelo cumprimento da promessa, hu-
milharam o coração em verdadeiro arrependimento e confessaram
sua incredulidade. Ao trazerem à lembrança as palavras que Cristo
lhes havia dito antes da morte, entenderam mais amplamente seu
significado. Verdades que lhes tinham escapado à lembrança lhes
voltavam à mente, e eles as repetiam uns aos outros. Reprovavam-se
por não haverem compreendido o Salvador. Como numa seqüência,
cena após cena de Sua maravilhosa vida passou perante eles. Medi-
tando sobre Sua vida pura, santa, sentiram que nenhum trabalho seria
árduo demais, nenhum sacrifício demasiado grande, contanto que
pudessem testemunhar na própria vida, da amabilidade do caráter
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